Politicamente são como irmãos separados à nascença. Se um diz que fez o outro diz que vai fazer mais, se um mandava na Mão Amiga o outro pertencia à sua direção, se um mandava 350 mil euros para distribuir em notas o outro geria a instituição, se um diz que vai ganhar o outro assegura que terá uma maioria absoluta.
Mas se politicamente é caso para dizer que venha o diabo e escolha, na verdade são muito diferentes. Um teve sucesso em eleições e o outro tem feito uma carreira sem um concurso. Se um tem um discurso minimamente estruturado o outro diz patetices como a dos autocarros elétricos para levar o pessoal a trabalhar no lar dos Balurcos.
As entrevistas ao Mendes não podiam ser diferentes, um apresenta ideias estruturadas mas manhosas, o outro propõe patetices. Ambos querem ganhar as eleições a qualquer custo, um quer prosseguir a sua carreira política, o outro quer dar mais um passinho na sua carreira.
Vale a pena ouvir com ouvidos de ouvir as duas entrevistas,
o primeiro falou uma hora, o outro, talvez por desespero, falou duas horas. O
primeiro foi cuidadoso, o segundo falou de mais. A partir de amanhã vamos
esmiuçar as duas entrevistas.