Começa a ser a resposta padrão da presidente da CM, quando confrontada com um problema é porque está a aguardar uma resposta da Agência Portuguesa do Ambiente, já o tinha feito a propósito das obras na Praia dos Três Pauzinhos, que serão pagas pelos concessionários mas para isso terá de ser assinado um protocolo com esta agência, o argumento voltou a ser usado na última sessão de câmara quando a autarca foi questionada a propósito da paragem das obras na marginal de Monte Gordo.
Coincidência das coincidências )ou talvez não no dia seguinte a ser colocado um post sobre a vergonha que se passa em Monte Gordo a autarca e a sua equipa maravilha foram em procissão fazer uma visita às obras. Mas ao que parece a resposta ao posto do Largo da Forca não se ficou por aqui, parece que a autarca anda a vigiar quem partilha os posts do Largo da Forca e dirige-se diretamente aos cidadãos questionando-os sobre algo que é do foro da sua liberdade de expressão.
Já sabíamos que a autarca acompanha religiosamente o Largo da Forca e que o seu irmão mal-educado consulta-o logo de madrugada , após o que escreve as suas alarvidades matinais. Ficamos agora a saber que também incomodam quem partilha os posts. Triste ilusão medir a as ideias por likes do Facebook, ignorando que ao fim de mais de uma década de regime e depois de 48 anos de ditadura os vila-realenses sabem responder a perseguidores.
O certo é que no dia seguinte ao post do Largo da Forca aconteceu o milagre, a autarca desdobrou-se a informar munícipes que a interpelaram, assegurando que as obras seriam retomadas em Março. Isso significa que aos tais pareceres chegaram mais de um ano depois de as obras terem sido iniciadas. Isto é, a crer na teses isso significa que primeiro destruíram os jardim, deram cabo de uma temporada de veraneio e só muito depois pediram as devidas autorizações.
Já que a autarca se preocupa tanto com o que aqui se opina deixamos-lhe quatro desafios: informar se já pagou ao comprador do terreno do hotel que iria ser construído na área de estacionamento na marginal, se já regularizou o negócio com os que beneficiaram de adjudicações na área de obras da marginal e que ficam de fora depois da redução dos espaços comerciais, tornar público o pedido de parecer feito à APA que motivaram a paragem das obras, bem como as autorizações concedidas entre a última sessão de câmara e a semana passada e, por fim, tornar pública a correspondência entre a autarquia e a APA a propósito do protocolo para a cobrança das infraestruturas na Praia dos Três Pauzinhos.