Começa a ser evidente que as obras na frente ribeirinha de Monte Gordo, designadamente, nos jardins e parques de estacionamento em frente à praia, estão empechadas. Até faria sentido pedir ao autarca de Castro Marim se poderia emprestar o outdoor amarelo onde se queixava de que as obras na EN 125 estavam empechadas. A verdade é que quando o pobre autarca colocou o outdoor já as obras tinham sido iniciadas, enquanto as de Monte Gordo parecem ser a nossa Santa Engrácia.
Tiveram a ideia de construir um hotel, venderam o terreno, gastaram o dinheiro e só depois é que se lembraram de que havia quem mandasse ali e não era o Luís Gomes e a São Cabrita. Resultado, gastaram o dinheiro, e para que o buraco nas contas pareça menor lá meteram mais um processo nos tribunais, algo que o Morais Sarmento agradece.
Do outro lado da marginal, fizeram o mesmo, deixaram secar o jardim, montaram um imenso estaleiro de obras que, entretanto, se atrasaram. Agora dizem que aguardam um parecer da APA, isto é, gastaram e construíram primeiro e pediram autorização depois, uma autarquia a construir sem licença?
A verdade é que uma das frentes ribeirinhas mais bonitas que o país tinha está agora transformada num imenso estaleiro de onde já não se consegue ver o belo passadiço com que nos taparam a vista do mar. Está tudo empechado, a autarquia sem um tostão e a poucos meses do início da época balnear é cada vez mais óbvio que tudo ficará por concluir, uma verdadeira vergonha.
Quanto é que já gastaram inutilmente e sem qualquer planificação na marginal, onde gastaram o dinheiro do terreno que venderam para construir um hotel que não será construído? Certamente dinheiro suficiente para infraestruturar a zona de praia do concelho, o que deixaria o dono da Praia do Caramelo muito contente e sem tanta raiva com a oposição, como demonstrou há uns meses atrás.
É cada vez mais óbvio que com a gestão da São Cabrita é todo o concelho de Vila Real de Santo António que está empechado.