A ligeireza com que a nossa autarca refere a futura extinção da SGU é de bradar aos céus. Ao ler as palavras proferidas às secas pela senhora presidente que as diz como quem vai ali à praça do peixe comprar um quilo de carapaus para o almoço, qualquer pessoa fica com a impressão que o encerramento da empresa municipal por falência e má gestão é a coisa mais natural deste mundo e que a senhora não tem nada a ver com isso.
A dívida de mais de setenta milhões de euros da SGU, empresa municipal criada para duplicar serviços que já existiam na câmara, pedir mais dinheiro emprestado para desbaratar e escapar ao controlo dos serviços e regras do estado, arranjar uns lugares de favor e pagar uns chorudos ordenados a alguns que não fazem falta nenhuma, pelo andar da carruagem não tem responsáveis e prepara-se o caminho para mais uma vez a culpa morrer solteira.
Quando em tempos determinada personagem puxava pelo fio da murta montada ao pé da poça de água que serve para atrair a passarada, os pássaros de reclame cantaram e dançaram e conseguiram que o “brilhante” autarca montasse a rede que agora outra personagem inventada à pressa tem de fechar com consequências trágicas para algumas vítimas diretas e toda a população do concelho de Vila Real de Santo António de forma indirecta.
Os pardais que forem apanhados na rede que se vai fechar têm o destino mais do que traçado.
Os cholins, os verduns e os pintassilgos terão uma gaiola dourada reservada para continuarem a cantar.
E nem ao menos pedem desculpa!