Quando o poder promove empresas de amigos, dispensando-as de serem competitivas, em vez de estar a promover as empresas do concelho, da região ou do país está promovendo a proliferação de empresas fracas e de empresários incompetentes, em vez de promover a competitividade da economia está a promover a sua destruição, em vez de promover empresa competitivas e empresários com valores, promove empresários oportunistas e empresas subsidio dependentes.
O mesmo sucede com a contratação de trabalhadores seguindo critérios assentes no compadrio, prática cada vez mais ausente nas empresas portuguesas que aprenderam os custos deste tipo de práticas, muito comuns no nosso país. Todavia, ainda é comum encontrarmos este tipo de maus hábitos no Estado e, em especial, nas autarquias.
Uma sociedade assente em favores a empresas e num sistema de seleção de quadros assente no amiguismo é uma sociedade em decomposição, onde os empresários menos competentes asfixiam os que ousem competir com base na honestidade e competência. Se numa determinada população é o compadre, o graxista ou o lambe-botas que singra profissionalmente é bem provável que seja estes os valores mais apreciados e que tendem a ser dominantes.
Quando os líderes políticos não têm escrúpulos e sobrevivem no poder alimentando uma base eleitoral com base em favores empresariais e relações de compadrio com os funcionários, assegurando assim um mínimo de votos que lhes permite sobreviver no poder, estão destruindo as suas regiões. Quando os mais capazes que não disposto a lamber os pés a políticos que para sobreviver precisam destes expedientes ou quando os empresários que não dispostos ao mesmo optam por investir noutras paragens é a região que paga amargamente a manutenção no poder destas personagens.
Não são apenas as instituições que apodrecem, é toda a região que sofre e que empobrece, pondo em causa o seu desenvolvimento a médio e longo prazo. Tinha razão Camões quando escrevia nos Lusíadas que "Um fraco rei faz fraca a forte gente".
Do justo e duro Pedro nasce o brando,
(Vede da natureza o desconcerto!)
Remisso, e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto:
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente;
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.
O mesmo sucede com a contratação de trabalhadores seguindo critérios assentes no compadrio, prática cada vez mais ausente nas empresas portuguesas que aprenderam os custos deste tipo de práticas, muito comuns no nosso país. Todavia, ainda é comum encontrarmos este tipo de maus hábitos no Estado e, em especial, nas autarquias.
Uma sociedade assente em favores a empresas e num sistema de seleção de quadros assente no amiguismo é uma sociedade em decomposição, onde os empresários menos competentes asfixiam os que ousem competir com base na honestidade e competência. Se numa determinada população é o compadre, o graxista ou o lambe-botas que singra profissionalmente é bem provável que seja estes os valores mais apreciados e que tendem a ser dominantes.
Quando os líderes políticos não têm escrúpulos e sobrevivem no poder alimentando uma base eleitoral com base em favores empresariais e relações de compadrio com os funcionários, assegurando assim um mínimo de votos que lhes permite sobreviver no poder, estão destruindo as suas regiões. Quando os mais capazes que não disposto a lamber os pés a políticos que para sobreviver precisam destes expedientes ou quando os empresários que não dispostos ao mesmo optam por investir noutras paragens é a região que paga amargamente a manutenção no poder destas personagens.
Não são apenas as instituições que apodrecem, é toda a região que sofre e que empobrece, pondo em causa o seu desenvolvimento a médio e longo prazo. Tinha razão Camões quando escrevia nos Lusíadas que "Um fraco rei faz fraca a forte gente".
Do justo e duro Pedro nasce o brando,
(Vede da natureza o desconcerto!)
Remisso, e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto:
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente;
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.