Primeiro ela prometia que as obras da marginal de Monte Gordo estariam concluídas antes do verão, depois assegurava que ia todos os dias de manhã avaliar o andamento das obras, quando percebeu que nada seria concluído antes do verão produziu um vídeo culpando as empresas. Depois as obras pararam e não foi dada qualquer explicação aos que em vez de passearem no jardim da marginal tendo o mar como fundo, passaram a ter de se esgueirar pelo meio das obras para verem a última maravilha do regime, ficando o mar na sua imaginação e nos postais do passado.
Fez-se um silêncio apenas quebrado quando ela disse a cidadãos de Monte Gordo que as obras iriam ser retomadas em março, mês que começa amanhã. Mas em sessão da Câmara Municipal ela referiu um “pequeno” problema, faltava uma licença da APA, coisa de somenos. Isto é, ela destruiu a frente ribeirinha, gastou o dinheiro dos vila-realenses, deixou secar os jardins e agora diz que falta uma licença.
Decidiram fazer uma obra sem a autorização das autoridades competentes, contrataram uma empresa de construção quase falida, foram incapazes de concluir a obra nos prazos estabelecidos e agora parece que a obra está parada ou embargada, porque não estava autorizada.
Na última sessão da CM, questionada pela oposição, ela assegurou que na quinta-feira seguinte, ou seja, no passado dia 21 iria encontra-se com o presidente regional da APA e falar-lhe-ia do tema, como se os pareceres de uma instituição como a APA dependessem de cunhas ou fossem emitidos espontaneamente pelo seu presidente entre o café e o pastel de nata. ELA ainda acrescentou que seria um desperdício destruir o que está feito, isto é, admite de uma forma clara que pode ter deitado dinheiro à rua.
No que ficamos, as obras sempre vão ser retomadas em março tal como disse ou teremos de concluir que ela tem um conceito de verdade muito estranho? Como o tal encontro com o presidente regional da APA já se terá realizado, estamos certos de que o seu charme deu resultado e as obras serão retomadas muito provavelmente a partir de amanhã. Ou será que em vez de começarem hoje, com ela a reinaugurar o estaleiro e a inteirar-se do andamento das mesmas, serão adiadas para o 1 de abril, data mais apropria-a por ser o tradicional dia das mentiras. Por este andar o feriado municipal ainda muda e em vez de ocorrer a 13 de maio passa a celebrar-se também no mesmo 1 de abril.