"O algodão não engana e o meu nariz também não"
(do anúncio da Snasol - Youtube)
(do anúncio da Snasol - Youtube)
Num contexto governamental “transparência” significa honestidade, responsabilidade, ausência de métodos corruptos. Isto não sucede por acaso, mas porque quanto maior for a opacidade dos modelos de gestão maior é o risco de corrupção, Não sendo raro que a opção pela opacidade seja uma opção de quem não quer que se saiba o que se passa.
Quanto maior for a transparência dos procedimentos de uma organização, seja empresa, instituição ou administração pública, maior é a possibilidade de estar a ser gerida com competência e honestidade. Numa empresa ou instituição isso implica modelos de gestão devidamente auditados e uma contabilidade feita com rigor e honestidade. Numa instituição pública ou num órgão do Estado a transparência implica a possibilidade de escrutínio por parte dos cidadãos.
Quem sabe que a sua atuação está sendo “vista” e escrutinada por terceiros é necessariamente mais rigoroSos, competente e honesto, porque sabe que neste modelo de gestão a sua ação está sendo “vigiada” por pessoas ou entidades que têm o direito de saber tudo o que se passa, sejam os sócios ou investidores de uma empresa ou os cidadãos eleitores e contribuintes numa democracia.
A democracia e a honestidade defendem e são amigas da transparência, os ditadores, todos os que têm tiques autoritários ou os incompetentes preferem a opacidade, para se protegerem ou para impedir o escrutínio de quem tem o direito de saber o que se passa nas instituições do Estado para as quais pagam impostos e cujos dirigentes elegeram.
Não é por acaso que é há correlação óbvia entre transparência e progresso, são os países com menores níveis de corrupção que mais crescem e onde há mais civismo, respeito pela democracia e justiça social. As empresas que optam pela opacidade são que nos surpreendem com falências e temos visto isso recentemente, foi o caso do BPN, do BES, da PT ou numa escala ainda maior do Lehman Brothers. A falta de transparência, a corrupção e o despotismo estão associadas claramente à pobreza, ao oportunismo e à injustiça.
As pessoas que fazem da competência, da democracia e da honestidade os seus principais valores éticos e por eles norteiam o exercício dos cargos para que foram eleitos são as que se comportam com maior honestidade e apresentam melhores resultados. Os outros são os que preferem um terreno fértil para a incompetência e os métodos menos honestos. É fácil de ver quando uma empresa, instituição, governo ou autarquia aposta no crescimento e no progresso, basta avaliar o grau de transparência com que se comporta. A transparência está para a vida política como o algodão está para o anúncio da Sonasol, a transparência não engana.