Os que defendem Vila Real de Santo António e têm uma participação cívica na vida política local pensando no coletivo e não nas suas brilhantes carreiras políticas, devem começar quanto antes a organizar uma alternativa política, porque os partidos políticos com assento nos órgãos da autarquia estão sendo incapazes de encontrar soluções minimamente abrangentes.
Está na hora de arregaçar as mangas e de separar o trigo do joio, de um lado os que apoiam o clã Cabrita ou o clã Gomes e do outro os que estão dispostos a trabalhar para mudar Vila Real de Santo António. Não há lugar para caciques, para quem se julga com o dom natural do poder e espera que sejam os outros a fazer o trabalho, porque são demasiado finos e preferem jantares de cortesia, fazendo de conta que não perceberam que estão em manifestações de apoio político.
Vila Real de Santo António precisa que os cidadãos se ergam não só para protestar contra o estado a que a terra chegou, mas também para criarem um movimento de cidadania capaz de congregar esforços e de mobilizar o apoio dos partidos que coloquem os interesses da terra acima dos seus petites políticos de aldeia.
Nunca houve aqui a intenção de apoiar este ou aquele partido, este ou aquele candidato. Apenas fazer oposição e criticar os que ajudaram a terra a chegar ao estado lastimável em que está, mão deixando ninguém de fora, da mesma forma que nenhum negócio duvidoso, desde a Alfândega às relações estranhas com Cuba, ficou de fora.
É preciso gente que se una em torno da terra, que seja capaz de elaborar um programa que dê esperança aos vila-realenses, que encontre soluções e que seja capaz de sanear o município, recolocando-o ao serviço do concelho e dignificando-o enquanto instituição do Estado, gerida por gente bem formada, competentes, dedicada e com sentido de Estado. Gente capa de devolver a normalidade a Vila Real de Santo António.
O LdF estava destinado a morrer no dia em que a São Cabrita cair, algo que esperamos e desejamos que suceda o mais brevemente possível. Estava e vai continuar a estar, no dia em que forem marcadas eleições autárquicas em VRSA o Largo da Forca fecha. Até lá estará ao lado dos que fazem oposição e que não fazem quaisquer negócios com os que arruinaram a nossa terra.