NÃO ACHAM MISTERIOSO, COMO ACHARIA A DONA MILÚ?


Já vimos a equipa da PMLJ, liderada pelo Morais Sarmento, vice-presidente do PSD e sócio daquele escritório dos ricos que se faz cobrar a 500€ à hora, ser chamadaa à nossa terra para os mais diversos casos, tem aparecido nos dias seguintes a algumas visitas estranhas, bem como para questões de lana caprina, coisinhas que vão desde crises domésticas a perseguições judiciais a gente da oposição.

Mas, com tantos imbróglios jurídicos em que o município está metido, seria de esperar que o Morais Sarmento fosse mais útil em processos negociais complexos do que pagar a uma equipa de advogados para vir de Lisboa ao Baixo Guadiana por causa de tricas entre vizinhas. Um bom exemplo de processos em que este tipo de advogados pode dar uma ajuda é em questões de disputas contratuais nos domínio das adjudicações.

Empresas que andam no mercado das PPP e das concessões estatais ou municipais costumam pagar a bons advogados para conseguir contratos manhosos que lhes permitam depois dirimir os conflitos a seu favor. Um bom exemplo destas situações passa-se precisamente com a ESSE, anda há anos a sacar dinheiro aos vila-realenses e a quem nos visita, mas até hoje e ao contrário do que alguém que nuca mente disse em reunião da câmara, o que pagou foi um corno e a ponta do outro.

Pior, como condição para dar uma gorjeta à autarquia exige uma revisão do contrato que lhe permite mugir os cidadãos do nosso concelho entre as 8h00 da manhã e as 10h00 da noite, bastando para tal que alguém não tenha lugar na sua rua para estacionar o carro. Estando em causa uma perda de cerca de 700.000€ o natural é que a autarquia defendesse os interesses dos municípios com armas jurídicas equivalentes. Tendo a nossa autarquia já gasto vários milhões coma PMLJ esta era uma oportunidade de aquele escritório nos dar algo de útil, para além de tentar entalar o Murta.

Mas agora que estavam em causa os interesses financeiros de um concelho que não tem dinheiro para mandar cantar um cego, a autarquia optou por colocar os interesses do município nas mãos de "empresários". Tanto quanto se sabe dois empresários manifestaram a sua disponibilidade, todavia, o mais qualificado esteve impossibilitado de comparecer, tendo sido (convenientemente) a partir daí.

Não temos nada contra os conhecimentos de direito comercial ou de cálculo financeiro que certamente o empresário que Nos representou sem sabermos dispõe, mas não é estranho que para processar o Murta vão buscar o Morais Sarmento e para defender os interesses financeiros do município os vila-realenses sejam representados por um empresário?

Nos próximos dias analisaremos as consequências para o município da revisão do contrato em conformidade com o que a ESSE exigiu. Por este andar um dia destes até os nossos antepassados terão de pagar à ESSE por estarem estacionados no cemitério, o que não é de estranhar, já perderam o direito às sepulturas perpétuas que até deram lugar ao pagamento do IMI e desde há uns meses são os familiares que pagam os químicos que se metem nos caixões.

Enfim, como diria a Dona Milú da telenovela "Tieta do Agreste" é caso para dizer "MISTÉEEERIO..."