A BASÓFIA DAS CINCO ESTRELAS



Uma das consequências mais trágicas da irresponsabilidade e incompetência com que a autarquia foi e continua a ser gerida é a perda de qualidade de vida no concelho e isso tem consequências graves na sua imagem. Enquanto o Algarve investe cada vez mais na qualidade da oferta, Vila Real de Santo António passa uma imagem de desmazelo, falta de higiene de oportunismo.

Todos sabemos o quanto custa criar uma boa imagem e quanto é fácil destruir essa mesma boa imagem em pouco tempo. Lixo por todo o lado, baratas, obras mal geridas, oportunismo na exploração do estacionamento, desprezo pelos que têm limitações físicas, são estas a imagens que graças à incompetência de quem tem responsabilidades deu do concelho nos últimos anos e, em particular, durante o atual mandato autárquico.

É bem provável que com a situação de bancarrota da autarquia as situações a que assistimos no ano passado se repitam ou se agravem. As obras em Monte Gordo são o que todos sabemos, a zona de praia da sede do concelho não tem infraestruturas, designadamente, de esgotos que proporcionem higiene e conforto aos que as frequentam, as estradas municipais estão esburacadas e ao abandono, o chão de uma das ruas mais bonitas do Algarve revela a dimensão da catástrofe que está a atingir um concelho que teve sempre orgulho.

Esta perda acentuada de qualidade tem custos económicos elevados, os turistas mais exigentes e com maior padrão de consumo partem em busca de ofertas turísticas de qualidade e com condições higienossanitárias compatíveis com as exigências dos dias de hoje, fugindo do lixo, das baratas e dos ratos. A procura turística diminui e vai sendo substituída por um padrão de clientes menos exigentes.

A prazo a economia do concelho perde, com um turismo de menor qualidade as receitas da hotelaria e de todos os serviços associados ao turismo serão reduzidas e em consequência disso a qualidade oferecida tenderá a ser menor. Isto significa que uma das consequências da incompetência é a cubra do valor acrescentado gerado pelo turismo. Daqui resultarão menos receitas fiscais o que por sua vez vai asfixiar ainda mais uma autarquia falida.

As oferta-as de emprego de qualidade diminuem, a qualidade dos hotéis nivela-se por baixo, a economia local empobrece. É por isso que a bazófia do hotel de cinco estrelas não é mais do que isso, bazófia. Porque de zero estrelas é tudo aquilo que tem resultado da ação desta equipa autárquica que com tanta bazófia e esbanjamento de dinheiro vão conduzir o concelho à pobreza.