«Desde a data da sua fundação, a VRSA SGU tem-se assumido como um instrumento determinante para o desenvolvimento estrutural, económico e social do concelho de Vila Real de Santo António.»
As palavras são dirigidas pela São na qualidade de presidente da SGU e constam do site desta empresa. Quem as lê imagina uma grandiosa obra, mas o que é que foi feito para que se possa dizer que um “instrumento determinante” ou quais são os indicadores económicos e sociais para que a autarca possa assumir em público que ocorreu um “desenvolvimento estrutural, económico e social”? Estará a referir-se ao estado do chão da R. Teófilo Braga, estará a pensar no pessoal que trouxe para o concelho que organiza barbecues à entrada do mercado municipal?
A SGU nunca deveria ter sido criada e tal só sucedeu porque houve gente eleita pela oposição que na hora de votar a favor desta aberração deram o pulo para o outro lado, virando costas aos que os elegera. Um dia serão feitas as contas ao buraco financeiro deixado pela SGU e nessa ocasião teremos a oportunidade de perguntar a alguns artistas quanto é que lhes dado a ganhar com este negócio, isto é, quanto receberam pelo seu voto.
Com o concelho arruinado é urgente que a autarquia liquide a SGU pondo termo à sangria de recursos financeiros de uma empresa que apenas se limita a duplicar funções. Não só é urgente proceder à liquidação desta aberração, como deve exigir-se que o processo seja feito com competência, transparência e isenção. Todos sabemos que por mais que a autarca diga que vai promover a “internalização”, uma forma de assumir que já está procedendo à liquidação, a verdade é que há muito na SGU que não faz sentido “internalizar”.
Há um sério risco de nem todos os que trabalham na SGU possam vir a ser integrados nos serviços municipais e aqueles que vierem a ter tal sorte perderão direitos, eventualmente rendimentos, categoria e antiguidade, estando sujeitos a concursos para serem integrados em carreiras do quadro da autarquia. Isto significa que quem hoje ganhar acima de um licenciado na SGU sem que tenha habilitações vai perder esse estatuto remuneratório quando for integrado numa categoria adequada às habilitações que apresenta.
É importante que tudo seja feito de forma transparente e com isenção, para que na hora de se decidir quem é despedido e quem tem lugar na CM não haja favoritismos, procedendo-se a escolhas em função de critérios que favorecem o partido ou algum clã.
Basta olhar para o organograma da SGU para se perceber que muitos serviços de apoio, lugares de chefia, serviços e departamentos correspondem a duplicações do que já existe na autarquia, aliás, muito pouco do que existe atualmente na SGU não corresponde a uma duplicação dos serviços camarários. Seria do interesse de todos e em especial doa que trabalham na SGU que a presidente da autarquia revê as suas intenções, o que está fazendo e que assuma o mais rapidamente possível quais os serviços que serão integrados na CM e quantos empregados da SGU poderão ser ingressar nos quadros da autarquia.