A AUTARQUIA AUSENTE





Como começa a ser evidente a nossa autarca já está em modo eleições, a estratégia da vitimização, o recurso a truques como o da carta anónima é a estratégia de quem não tem argumentos. A autarquia está arruinada, o vereador da CDU ainda recentemente lhe apontou várias mentiras, a comunicação do 25 de abril foi de uma pobreza lamentável.

Nesse discurso torna-se evidente que a sua única preocupação é ela própria e a sua sobrevivência na presidente da autarquia, o que se compreende, quem não dá as informações solicitadas pela oposição, quem oculta o máximo de informação possível, quem conduziu processos muito duvidosos como o do jardim de Monte Gordo ou do edifício das Alfândega não quer-te que atrás de si se façam auditorias à sua gestão.

Não admira que na referida comunicação a autarca não tenha feito uma referência à terra, às dificuldades que os seus empresários e trabalhadores enfrentam, nem a tragédia sanitária que se abateu em vésperas do verão, a nossa época das colheitas. Parece que o concelho é a sua última preocupação.

Além disso disfarça uma realidades lamentável, a autarquia não existe, não tem um tostão porque gataram tudo numa orgia financeira que durou mais de uma década, até ao momento não gastou praticamente nada e nem sequer dispensou quem tem os negócios fechados por decisão governamental de pagar taxas camarárias como as taxas da esplanada, miserável demais para ser verdade.

Não se ajuda quem tem dificuldades, não se distribuem máscaras, não se apoiam os alunos que não dispõem de meios para assistir a aulas à distância, não se dispensou o pagamento de nada que seja receita camarária.

Em cima desta miséria franciscana de um concelho que era espetacular assistimos a situações de incompetência gritante, filas para pagar rendas à câmara, entradas sem controlo no mercado municipal durante as primeiras semanas da crise, dispensa de funcionários que faziam falta e substituição do responsável municipal da proteção civil no auge da crise sanitária, uma tristeza.