DEUS TE PAGUE SÃO!

Giving thanks for the gift of life - Boston Children's Discoveries



Quando começámos a ler a notícia da autarquia informando que “O município de Vila Real de Santo António acaba de lançar um conjunto de medidas de apoio social, económico e financeiro de forma a mitigar o impacto negativo provocado pela pandemia mundial de Covid-19” ficámos cheios de expectativa, finalmente…

Como o governo dispensou a CM de respeitar os apertos do FAM durante três meses e sabendo nós da imensa generosidade financeira da presidente da CM, algo muito evidente nos sucessivos contratos de centenas de milhares de euros com o advogado Morais Sarmento, acreditámos que vinha aí algo em grande, a palavra não enganava, eram “apoios sociais”.

Mas que grande desilusão, mais uma vez nos lembrámos daquela anedota do compadre que na hora do jantar metia o filho sentado na perna e ia perguntando: “ó filho, comias agora um bifinho com batatas fritas mais um Sumol’” Ó pai, se comia”. “Ó filho comias agora um arroz doce?”. “Ó pai, se comia…”, Finalmente o filho adormecia e o pai gritava para a mulher, ó Maria, traz outro que este já jantou!”.

Quais os apoios sociais?

Cumprindo o imposto pelo FAM a CM tem vindo a reduzir o prazo com que paga aos seus desgraçados fornecedores. Paga uma pequena parte do que deve há demasiados meses e chama a isto um “apoio social”? Mas que grande apoio social, pagar o que deve e há muito que devia ter pago! Outro apoio social muito original são duas linhas de atendimento, uma de apoio psicológico e outra de apoio a empresários, que apenas funcionam na parte da manhã! Outro grande apoio social, que convertido em bifes dá para almoçar uma semana.

Mas a generosidade não fica por aqui, suspende as rendas das habitações sociais e taxas e das rendas das bancas e das lojas do mercado e de publicidade e ocupação do espaço público. Mas atenção, porque no português da nossa CM suspender não é não pagar pagar, porque ao termo "suspender" acrescenta "diferir" o pagamento, isto é, aqueles que estão à beira da falência e são obrigados a pagar esplanadas que ninguém pode usar, as taxas da publicidades que ninguém vê ou as bancas do mercado onde ninguém compra estão cheios de sorte, de setembro em diante vão ter de pagar em suaves prestações.

Boa, por apoios sociais a nossa CM entende ser adiar a fome de abril para setembro! Enfim, o melhor é os vila-realenses começarem a pedir no Facebook, pode ser que tenham a mesma sorte que o ilustre deputado municipal que anda a "cravar" charutos e medronhos, ao parece que com muito sucesso. Veremos se quando um pobre pedir um papo-seco vai ter a mesma sorte.