Quando no passado avisámos para os riscos que o concelho
enfrentaria em caso de calamidade, não no ocorreu que essa calamidade fosse de
um ponto de vista económico aquilo que vulgarmente se designa por tempestade perfeita.
De um dia paria o outro a quase totalidade da atividade económica foi concelho
foi reduzida a quase zero, com centenas de pessoas atiradas para o desemprego,
com muitas delas sem qualquer fonte de rendimento.
Mas autarcas estroinas, incompetentes e irresponsáveis nunca
se preocuparam em ter sequer um pé-de-meia para o caso de algum problema.
Primeiro gastaram o que conseguiram com recurso ao crédito, depois valorizaram
o património para que fosse usado como garantia real para mais crédito. Quando
já não tinham crédito atrasaram os pagamentos aos fornecedores praticando
prazos obscenos.
Quando já tinham gasto o que tinham e não tinham pediram
ajuda ao Estado e em vez de cumprirem com o acordado voltaram, a gastar como se
não houvesse amanhã. Quando já estavam outra vez sem dinheiro recorreram ao FAM
e voltaram a gastar não cumprindo as regras. Com a São em presidente a nova
época de fartura foi inaugurada com centenas de milhares de euros pagos a
Morais Sarmento, porque os processos judiciais eram muitos e era preciso esconder
a dívida nos tribunais.
O desvario só acabou quando o FAM disse à senhor que ou
parava e aceitava um conjunto de imposições, incluindo nomear outra pessoa para
representar a CM junto do FAM ou pedia a dissolução do mandato podendo ainda
levá-la a tribunal para lhe exigir uma indemnização. Só assim e porque os
cofres estavam vazios é que a São parou, mesmo assim, mal teve folga no início
deste ano lá gastou mais uma fortuna com o Morais Sarmento.
Agora não tem dinheiro e todos sabemos que tanto as festas
religiosas como as decorações de Natal só foram possíveis com a ajuda de
empresários amigos. Chegados a esta calamidade vemos um Município que sempre
foi rico sujeitar-se à humilhação de pedir aos munícipes que lhe doem lençóis.
Isto é, perante a calamidade a CM está sem dinheiro para ajudar os munícipes.
É este o preço que pagamos por termos autarcas estroinas que
não só gastaram tudo com benesses, festas e festarolas, como nem sequer
obedeceram ao estipulado na lei em matéria de segurança. Uma vergonha pela qual
esperamos que tenham de vir a pagar e tudo faremos para que isso venha a
suceder.