JEROEN DIJSSEBLOEM E A SÃO CABRITA

Governo português confrontou Dijsselbloem (e levou resposta) - ZAP



Se em vez de ter acusado os países do sul da Europa de gastarem o dinheiro com mulheres e álcool o ex-ministro holandês Jeroen Dijsselbloem tivesse feito essa acusação ao Município de Vila Real de Santo António teria acertado em cheio. Não sendo literalmente verdade, é uma caracterização perfeita da forma como um pequeno concelho chegou aos 200 milhões de euros de dívida, sem ter feito quase nada.

Por mais de uma vez a nossa autarca tem comparado a situação a que levou o concelho com a do país. Chegando a referir-se à sua gestão como um ajustamento. Nada mais falso, o país não gastou o dinheiro com honorários pagos ao Morais Sarmento e muito menos com as exibições físicas do José Castelo Branco. A orgia financeira que durou mais de uma década e à qual muitos eleitores da São devem o seu bem-estar ao ponto de ainda estarem em estado permanente de bebedeira eleitoralista corresponde rigorosamente À definição do ex-ministro holandês.

A que propósito vem esta comparação?

Toda a gente já percebeu que o Município não tem dinheiro para ajudar os muitos que agora precisa, parece que os trocos servem apenas para vídeos de propaganda. Com a quebra brutal das receitas camarárias e o provável aumento da taxa de juros da sua dívida o Município corre um sério risco de entrar em situação de insolvência.

Acontece que o FAM não tem qualquer linha de crédito disponível nem está autorizado a “enterrar” mais dinheiro na gestão da CM de VRSA. O último apoio que deu foram garantias bancárias para substituir dívida cara por dívida barata, mas isso implica a concordância dos bancos, o que é pouco provável.


Em caso de insolvência do Município o governo será confrontado com o primeiro Município falido e terá de resolver um problema. Deverá dar mais dinheiro a VRSA premiando a incompetência e irresponsabilidade ou referir-se-á CM de VRSA como o fez Jeroen Dijsselbloem para dizer que é injusto premiar quem foi irresponsável?