O PRIMEIRO DE MUITOS MAUS NATAIS


Podia ser o Pai Natal da Autarquia, a pedir uma esmolinha ao FAM

Há um Natal bem diferente daqueles que aparecem nas páginas de Facebook oficiais, um Natal bem diferente do almoço dançante do pessoal do atum no Hotel Vasco da Gama ou dos sorrisos estilo arruada na chegada do Pai Natal à Praça Marquês de Pombal.

É um Natal de incerteza de que a presidente da autarquia parece não querer falar, é o Natal dos empregados do seu grande projeto hoteleiros que não tiveram os seus contratos renovados e ainda ficaram sem receber salários, dos que ainda não receberam o salário e o subsídio do Natal, dos que largaram bons empregos para se enterrarem numa quimera do regime, é o Natal dos que foram dispensados por não terem aceitado a passagem à empresa das águas do Ângelo Correia, é o Natal dos funcionários que de um dia para o outro perderam as habituais ajudas de custos, gasolina e horas extraordinárias.

Os Natais dos do poder ainda são de fartura, os empresários do regime andam felizes a acender luzinhas e alguns até aparecem com fotografias de perfil onde parecem ser um enfeite de uma árvore rasca. O próprio poder tenta a todo o custo cravar incautos para manter as aparências, já não há dinheiro nem para mandar cantar o Luís Gomes.

Depois de um 2017 de esbanjamento e de mentiras, 2018 é o primeiro dos muitos invernos financeiros com que os vila-realenses terão de pagar as consequências da gestão dos Luíses, dos Barros, dos Pires e dos Cabritas, Já nem os radialistas e falsos jornalistas conseguem iludir a realidade, treze anos de bazófias custarão trinta de uma austeridade brutal, com taxas máximas no IMI, taxas camarárias que são o dobro ou o triplo das dos concelhos vizinhos.

Neste Natal não há festas nem festarolas, que comeu o atum no Hotel Vasco da Gama safou-se, os outros terão de comer as sobras dos tempos de falsa fartura, alimentada com uma dívida descontrolada, que foi escondida até há alguns dias atrás e mesmo assim é duvidoso que se fique pelo número anunciado. Este é o primeiro Natal de uma Vila Real de Santo António condenada à decadência pela dupla maravilha dos Cabritas e Gomes.