O ANO HORRÍVEL DELA



A São sabia muito bem que ia presidir a uma autarquia falida e a ladainha do desconhecimento da real situação não faz sentido, a situação tinha-se degradado ao ponto de violarem os compromissos assumidos com o FAM, sendo obrigados a pedir uma revisão do acordo de financiamento que tinham assinado.

Mas com a comunicação social local associada ao poder, com a boa cunha do Morais Sarmento na capital, um concelho silenciado há anos não havia motivos para recear. Quando o Largo da Forca surgiu fazia-se silêncio em VRSA, sabia-se da sua existência por um passa palavra feito em surdina, o medo era óbvio.

A reação ao aparecimento do Largo da Forca foi a esperada, ataques informáticos, ameaças e chantagem. Esses ataques nunca mais pararam e foram mesmo assumidos por personalidades da terra, gente que ao longo de anos beneficiou com as boas relações com o poder.  Passado um ano tudo mudou.

Os poderosos deixaram  de meter medo, os vila-realenses começaram a não recear ter opinião e as denuncias começaram a surgir e a multiplicar-se. No ano em que os Cabritas pensavam que iam festejar o passadiço foram confrontados com toneladas e mais toneladas de lixo, com baratas por todos os lados, por uma imagem vergonhosa. A autarca desastrada enterrou-se com o encerramento estapafúrdio da Rua Teófilo Braga e desde então nunca mais se endireitou.

A imagem da autarquia caiu a pique à medida que a realidade superou a bazófia, apesar das ameaças, chantagens e ofensas diárias de dois ou três jagunços o Largo da Forca não foi silenciado e é hoje uma referência política inquestionável. A sua presença no Facebook não pretende afirmar-se como “o maior site de VRSA”, mas é hoje seguido por uma percentagem significativa dos cidadãos da terra.

2018 foi o princípio do fim do poder dos Gomes e dos Cabritas, se 1992 foi o “annus horribilis” da Rainha Isabel II, 2018 representou o mesmo para a autarca que Luís Gomes escolheu para o suceder. Aquele que deveria ter sido o primeiro ano de um reinado feliz, acabou por ser o princípio do fim de um mandato em que cada dia poderá ser mais penoso do que o anterior.