TÁBUAS DE SALVAÇÃO



A nossa estimada e brilhante autarca agarra-se ao Grand House e à futura pensão do Grupo Pestana como exemplos de resultados de uma política que durante anos preparou o concelho para atrair investimentos. Compreende-se, sem mais argumentos socorre-se do pouco que tem.

Mas, antes de mais, ao usar estes investimentos entra em contradição com a estratégia de afastamento em relação àquele de quem foi braço direito durante tantos anos e que por isso a escolheu para o suceder. Quando as coisas se complicam a família fala de presente envenenado, quando tenta mostrar serviço aproveita-se dos restos de coleção que lhe deixou o cantor-político do Baixo Guadiana.

Sem forma de explicar uma dívida colossal tenta passar a ideia de que tanto dinheiro gasto se destinou a tornar o concelho atraente para as empresas e usa aqueles dois projetos hoteleiros de viabilidade duvidosa para passar a vida a ir à rádios dos amigos Mendes dizer ao Tiago que VRSA atrai muitas empresas. 

A verdade é que não há um único investimento público realizado em VRSA que o torne mais competitivo em relação aos seus vizinhos e um bom exemplo da incompetência, encontramos nos apoios de praia da sede do concelho, os privados terão aceite pagar as infraestuturas, confiaram na autarquia avançando com o investimento e agora não têm nem eletricidade, nem água canalizada, nem esgotos.

No caso do Grand House é desonesto falar em atração de um investidor, tanto quando se sabe a maior parte do investimento realizado é dinheiro público e mesmo assim ainda não se sabe quando é que o hotel vai abrir. EM relação à pensão a que pomposamente designam por pousada do Grupo Pestana, seria bom saber se sem o investimento público o grupo teria investido. Aliás, seria muito interessante saber se os concursos para os dois investimentos obedeceram a todas as regras de transparência, para sabermos se estamos perante investidores atraídos ou face a investimentos combinados.