O NEGÓCIO ABSURDO



A cobrança do estacionamento de veículos é um negócio que pode gerar receitas e contribuir para a regularização do tráfico automóvel, mas sempre salvaguardando os direitos dos residentes. A regra é a cobranças nas zonas de comércio e reservar o estacionamento a residentes nas áreas residenciais, porque não faz sentido cobrar estacionamento em ruas sem problemas de trânsito apenas para “sacar” dinheiro ao cidadão. Afinal, todos pagamos impostos, incluindo o IUC, não fazendo sentido sermos obrigados a pagar estacionamento por termos o carro estacionado na nossa rua ou no nosso bairro.

No concelho de VRSA alguém se lembrou do absurdo, cobrar estacionamento sem qualquer problema para resolver, apenas para gerar receitas e sem se olhar se essas receitas são cobradas aos residentes. O absurdo é ainda maior, um município entrega essa oportunidade de explorar os seus próprios munícipes a uma empresa privada que ao fim de vários anos ainda não entregou um único tostão para os cofres de um município arruinado.

Pior ainda, a autarquia nem se dá ao trabalho de cobrar a dívida a empresa não só não paga como faz exigências, obrigando os autarcas a alterar as regras, para reduzir ao máximo as possibilidades de um residente escapar a este imposto para a empresa de Braga. Graças a regras pouco claras a empresa diz que não deve op que devia pagar, tudo porque o município descobriu uma forma de distribuir favores, como não tem dinheiro parece que em vez de subsídios distribui borlas de estacionamento. A empresa concessionária, faz contas diz que não deve o combinado e força uma alteração das regras, para que possa sacar dinheiro aos residentes.

Por todo o lado vemos situações que suscitam dúvidas, há situações de discriminação, ruas fechadas sem se perceber porquê, enquanto vemos ruas inteiras de Monte Gordo onde os residentes defendem os seus lugares de estacionamento com garrafões de água. Sem se perceber a razão os donos dos restaurantes do passadiço de Monte Gordo têm dois lugares gratuitos enquanto esses mesmos lugares custa 150 euros aos comerciantes da marginal.

Mas o mais absurdo é o que vimos no parque de estacionamento situado a poente da marginal de Monte Gordo. Em plena época alta a autarquia decidiu ceder um espaço de estacionamento para que no local funcione um carrossel! Claro, que daqui a uns tempos a ESSE ainda vai concluir que em vez de dever deve ser a autarquia a indemniza-la por causa das muitas borlas que dá, ao ponto de alugar zonas de estacionamento a feirantes!

A autarquia faz receitas com carrossel numa zona de hotéis onde os turistas vieram procura descanso, fazendo uns tostões com o aluguer do espaço público. Depois, é provável que a ESSE diga que só paga à CM se esta a autorizar a tirar o coiro e o cabelo aos vila-realenses. Só nesta terra é que os autarcas se lembrariam de ir a Braga buscar uma empresa para que esta sacasse dinheiro Aos seus concidadãos, é a CM a esbanjar os recursos da autarquia e os cidadãos a serem espoliados a torto e a direito.