Treze anos, tantos como aqueles em que a São Cabrita
desempenha cargos ao mais alto nível na autarquia representa uma geração, as
crianças que nasceram no ano do azar de 2005 têm hoje 13 anos, estão já no sétimo
ano de escolaridade, terão cerca de 40 anos quando o FAM partir, no pressuposto
de que o PAM vai passar de 20 para trinta anos. Serão vila-realenses que
nasceram e cresceram com uma gestão autárquica e que durante toda a sua vida
jovem conhecerão um concelho empobrecido por uma autarquia gerida por
incompetentes, desastrados, desleixados e irresponsáveis.
Uma década e meia é tempo para mudar um concelho, com
competência pode trazewr-se um progresso durável por muito tempo, com incompetência
pode destruir-se o futuro de várias gerações e é isso que vai suceder na nossa
terra. As crianças da nossa terra, ao contrário do que sucedeu no passado, têm
menos e vivem num concelho que desenvolve menos do que os concelhos vizinhos. Enquanto
Tavira, Olhão ou Castro Marim dão cada vez mais aos jovens, em VRSA tira-se
tudo.
O ridículo chegou ao ponto de o encerramento das Piscinas Municipais
ter sido inicialmente agendado para 1 de junho, o Dia da Criança. Porque alguém
reparou ou porque os utentes já tinham pago as respetivas quotizações de junho,
a morte faseada destas infraestruturas desportivas foi adiado por um mês. EM
VRSA nada é dado aos nossos jovens e os apoios ao desporto estão quase
reduzidos ao emprego proporcionado a avençados e outros, a começar pelo cunhado
da presidente. Até parece que os apoios servem mais para dar dinheiro aos
amigos do que para servir a população e, em particular, as crianças e os
jovens.
Tudo isto devia ser motivo de vergonha para a presidente da autarquia
e dos que lhes são próximos, mas em vez disso só lhes vemos arrogância e o
traste do mano ainda acusa os que critica esta gestão danosa de ingratidão,
como se todos devêssemos estar agradecidos aos Ciprianos pela sua imensa obra.
Esta geração de crianças e jovens é a nossa geração FAM, uma
geração que nasceu e cresceu convivendo com a incompetência, o despotismo, a
asfixia democrática a irresponsabilidade. Uma geração que numa primeira fase
teve direito à Maia, ao Castelo Branco e ao Quim Barreiros e a partir de agora
vive num concelho cuja autarquia só serve para cobrar taxas e meter os cidadãos
a render a favor de empresas como a do estacionamento, do Hotel Guadiana ou da
água. Um concelho que durante mais de duas décadas só receberá e nada dará, a
não ser aos avençados da São.