Passam-se coias muito estranhas nas nossas dunas, em Monte Gordo fizeram um passadiço para respeitar as dunas que não existiam e agora a vista da marginal serve para promover restaurantes cujos donos formaram uma associação presidida por um Pedro Pires que presidia à SGU aquando do concurso dos restaurantes do passadiço, um dos quais foi entregue à família.
Em compensação, na Praia dos Três Pauzinhos alguém autorizou a destruição de dunas para ali ser construído um restaurante, a que chamam apoio de praia, sem que haja um passadiço para ir do estacionamento ao restaurante ou do restaurante para a praia. Até agora este restaurante, propriedade de um conhecido empresário e causídico local, ainda não abriu, não se percebendo como é que um apoio de praia vai funcionar sem água, eletricidade, canalizações e passadiços de acesso que evitem a destruição de mais dunas.
Há aqui muito para a APA de Faro dar explicações, de caminho poderiam dar mais explicações. Por exemplo, poderiam explicar como decorreram as conversações com a autarquia de VRSA, cuja presidente disse em em reunião de câmara que as infraestruturas daquele apoio de praia seriam construídas pela CM e seriam pagas em suaves prestações pelos concessionários à APA.
Mas a utilização da APA de Faro no argumentário da presidente da autarquia é bem mais frequente e ainda recentemente a presidente da CM dizia que ia falar com o presidente da APA de Faro, numa sua deslocação ao concelho, para tentar evitar a demolição dos oito quiosques que ela própria mandou erigir na marginal de Monte Gordo e cuja demolição ter-lhe-á sido ordenada, por serem ilegais.
Mais tarde a autarca atribuiu as responsabilidades de tudo a pareceres contraditórios da APA, isto depois de numa reunião anterior ter assumido que a culpa do que se passou na marginal de Monte Gordo era da sua equipa. A crera na autarca a suposta incompetência da APA, que se contradiz nos seus pareceres fia responsável pela construção de quiosques. Entretanto estes quiosques já foram demolidos.
Mas os quiosques não eram as únicas construções ilegais, também construídos de forma ilegal eram os alicerces daquilo que seriam grandes restaurantes. Entretanto, debaixo das barbas da APA de Faro a autarca mandou demolir os quiosques, coisa que deu um par de horas de trabalho, mas numa manobra apressada optou por esconder os alicerces com terra.
Começa a ser óbvio que a atuação da APA de Faro no concelho de Vila Real de Santo António suscita dúvidas mais do que suficientes para que seja instaurada uma sindicância à sua ação e, em particular, no concelho de Vila Real de Santo António. Urge corrigir as consequências nefastas das nomeações do tempo em que um autarca de VRSA parecia ser o vice-rei do Algarve designado por Passos Coelho, onde colocou os seus homens de confiança nalgumas instituições regionais do Estado.