A felicidade nos olhos dos herdeiros na noite em que foi lido o testamento
Naquele dia parecia qque o concelho tinha ganho um Erumilhões
Naquele dia parecia qque o concelho tinha ganho um Erumilhões
Na sua primeira entrevista dada depois das eleições a nossa estimada autarca achou por bem afirmar a sua lealdade vitalícia em relação ao que a trouxe e promoveu na política, avisou desde logo que se enganariam os que pensavam que ela iria virar-se contra Luís Gomes. Não sabemos quantas vezes vai dar o dito por não dito antes do galo cantar, o certo é que já deu uma entrevista a endossar as culpas para o antecessor, fê-lo numa declaração de voto na Assembleia Municipal no que foi prontamente apoiada pelo Faustino, voltou agora ao fazê-lo em comunicação do município.
Há muito que o peso pesado do grupo do PSD na Assembleia Municipal usa o seu Facebook para se queixar da “herança envenenada”, num momento de mágoa onde parece revelar que desconhecia aquilo que tinha sido feito ao longo dos anos com o seu voto favorável em todas as reuniões da Assembleia Municipal. Mas aquilo que parecia um sinal de ingratidão do anafado deputado é agora assumido oficialmente pela autarca no siite da Câmara Municipal:
“Tendo em consideração o quadro financeiro que herdei, particularmente os resultados negativos da VRSA SGU registados nos últimos exercícios”
Não há como não concordar com a São Cabrita, a herança que nos foi deixada pelo Luís Gomes, é como ela agora escreve sob a forma de comunicação oficial da autarquia a que preside um “quadro financeiro” tão lastimável que não é apenas uma SGU falida e endividada que herdámos desse artista. Todos herdamos uma autarquia cheia de dívidas insustentáveis, uma tutela de parte dos “senhores do FAM” para mais trinta anos, uma autarquia que nada dá ao concelho, uma seita de bois a viver à custa do erário público.
Estamos de acordo com a São Cabrita, todos temos de nos livrar dessa herança miserável, uma herança envenenada que intoxica todos os que vivem no concelho e entristece todos os que gostam da sua terra. É preciso livrar a nossa terra dessa filoxera, uma filoxera que não é apenas dívida e ruína financeira, são comunidades socialmente marginalizadas e sem serem integradas, é a promoção de um turismo de pouca qualidade, é a condenação da terra à letargia.
Mas não nos podemos esquecer de que a parte mais venenosa da herança que nos foi deixada é precisamente a São Cabrita, se a gestão do Luís Gomes foi uma verdadeira doença, uma erva daninha para a nossa terra, a São Cabrita não será mais do que uma semente plantada no primeiro dia do mandato do Luís Gomes e que agora o substituiu para continuar a destruir o concelho. A presidência da autarquia, alguns dos seus deputados municipais e a liderança da autarquia, são algumas das piores e mais vivas heranças que o Luís Gomes deixou e que é preciso liquidar, da mesma forma que a sua herdeira liquidou a SGU.