UMA TERRA DE BANDALHICE



Em 2018 a presidente da autarquia reconheceu face às conclusões dó relatório do FAM relativo ao quarto trimestre de 2017 que não havia cumprido o PAM, algo que por lei lhe deveria ter custado o mandato e uma penalização financeira. Mas, o mais grave é que perante o descalabro financeiro da autarquia, reconhecer que ao fim de quase um ano de gestão o concelho vivia num Estado de bandalhice. 

Vejamos o que a São disse ao FAM sobre as taxas de ocupação do espaço público:

“ A receita cobrada até setembro, no valor de 52 m €, tornava evidente a posição passiva dos serviços face às suas responsabilidades nesta matéria. A tomada de medidas tendentes a cobrar receita em dívida conduziu de imediato a que a receita desta rubrica atingisse nos 60 dias seguintes um total de 139 mil €, com perspetiva moderada de alcançar os 142 mil € no final de 2018.Encontra-se por cumprir a exigência do serviço responsável apresentar um relatório detalhado sobre insuficiências, situações de incumprimento e medidas para a recuperação destas receitas.”

Isto é, apesar de o concelho estar arruinado os comerciantes que ocupam o espaço público, desde vendedores ambulantes a esplanadas, só pagavam as taxas se tivessem boa vontade, porque ninguém os incomodava. Pior ainda, perante esta bandalhice a autarca assumia a sua total falta de autoridade, queixando-se ao FAM que o serviço responsável ainda não tinha apresentado “um relatório detalhado sobre insuficiências, situações de incumprimento e medidas para a recuperação destas receitas”, tal como tinha sido exigido.

O cenários era este, os comerciantes só pagavam se queriam e os serviços responsáveis ignoravam a ordem para apresentarem um relatório. Temos uma terra onde os comerciantes só cumprem se quiserem e onde os serviços ignoram as exigências dos autarcas...

Percebe-se esta generosidade, a conquista de votos, quer dos comerciante, quer dos funcionários da autarquia, levou a que o concelho se tenha tornado numa terra quase sem lei e na autarquia os responsáveis estavam na mão dos funcionários-eleitores. E no meio desta bandalhice total e generalizada e com um concelho na insolvência a presidente da autarquia ainda decidiu pagar luxuosamente a alguém sem grandes habilitações para ser assessor do quê? Pois é, o nosso famosos Cigarrinho é assessor da utilização do espaço público.

É assim que se ganham eleições e se juntam 1700 eleitores num jantar no campo do Lusitano, “comprando” as almas com bandalhice e à custa do futuro dos jovens de Vila Real de Santo António.