INTERNALIZAR UM PADRE NA CÂMARA MUNICIPAL?



Quando o LdF insistia que com a confirmação da venda das águas aos amigos de Passos Coelho a autarca condenava a SGU à liquidação a nossa autarca passava-nos atestados de incompetência, dizia a brilhante senhora que não era uma liquidação ou dissolução como dizia a oposição, seria uma internalização e esta ainda estava em estudo. Pelos vistos estudaram depressa, tão depressa que abriram e fecharam a contabilidade na hora para transformar lucros de 2016 em prejuízos.

Agora anda um pouco baralhada, mas já fala em dissolução ou liquidação, isto é, liquida primeiro e intenaliza depois. Mesmo assim continua baralhada ou insiste em baralhar os outros, ora diz que vai internalizar os funcionários da SGU )todos, dos diz ela, ora deixa a boca fugir para a verdade e fala de internalização das funções. Entretanto insiste em dizer que todos serão felizes na SGU.

Se vai internalizar os funcionários seria bom que explicasse como será internalizado um padre na CM, o que vai fazer o padre agora promovido a licenciado em teologia? Compreendemos que para salvar o concelho serão necessárias muitas rezas e a boa disposição do Criador, mas não temos a certeza de que um padre arredio e sem grande sucesso na AM seja o melhor diplomata para O convencer. E se o licenciado em teologia ainda sabe rezar, não sabemos muito bem o que sabe fazer o construtor civil arruinado, o sindicalista e outros boys.

A verdade é que serão as funções da SGU a serem internalizadas e isso na hipóteses de serem necessárias e úteis. Basta olhar para o organograma da SGU para perceber que uma boa parte não tem como ser internalizado e muito do resto já existe na CM. É mais do que óbvio que nenhuma entidade externa vai “internalizar” todos os funcionários e a tal vontade de manter o emprego de todos não passa de discurso político para enganar imbecis distraídos.

Não admira que já se diga nos corredores que há uma lista de trinta e tal funcionários a salvar e se esse boato tiver fundamento isso significa que teremos um despedimento coletivo. Talvez não fosse má ideia se a autarca em vez de andar a acusar tudo e todos pela responsabilidade de um eventual despedimento coletivo nos diga se está ou não preparada ou preparando um despedimento coletivo e se tem recursos e base legal para assinar um contrato a todos os trabalhadores da SGU durante 2020, sem se saber o que vão fazer. Uma autarquia falida tem dinheiro para indemnizar os trabalhadores na eventualidade de um despedimento coletivo? Uma autarquia proibida de contratar funcionários e sem dinheiro pode contratar todos os trabalhadores da SGU durante um ano?

Seria mais transparente se em vez de planos políticos para inglês ver a autarca discutisse com os cidadãos planos realistas e assegurando transparência no processo de seleção dos que transitam para a autarquia, para que fiquem os que trabalham e fazem falta e não os boys de que a SGU está cheia.

Lamenta~mos não partilhar com a generalidade dos políticos locais o desejo de que todos os da SGU passem para a autarquia, discordamos de que os boys que andaram a vier uma década à custa do dinheiro dos seus concidadãos, ajudando o Luís, o Barros e a São a arruinar o concelho, que sejam agora premiados com um emprego até à reforma sem que façam falta ou tenham sequer habilitações úteis para autarquia, ocupando lugares que deveriam ser para gente útil escolhida por concursos honestos e transparentes.