Não havendo no Largo da Forca a intenção de apresentar um candidato à autarquia, deixando a iniciativa aos partidos e, se for caso disso, aos cidadãos do concelho, não nos é indiferente saber que candidatos se apresentarão à esquerda como alternativa aos Ciprianos ou ao Luís Gomes e mesmo à direita, se surgir alguma candidatura de cidadão, do partido Aliança ou mesmo uma alternativa aos déspota dentro do próprio PSD.
Com a degradação crescente da situação da autarquia e face a tantos milhões de adjudicações diretas e de negócios menos transparentes, não seria de admirar que de um dia para o outro os cidadãos do concelho sejam confrontados com a insolvência da autarquia, com a demissão da São por sua iniciativa ou por demissão dos seus pares ou mesmo em consequência de um golpe palaciano dentro do PSD.
A única coisa que desejamos é que a próxima equipa autárquica, seja ele qual for, da direita ou da esquerda, de um partido ou de movimentos de cidadãos, seja formada por gente honesta, competente, defensora dos interesses da cidade, empenhada no desenvolvimento do concelho, apostada em integrar todas as suas comunidades de forma harmoniosa e sem o oportunismo de apoios e facilidades a troco de votos.
Há três exigência: que faremos na hora de tomar posição sobre as candidaturas que possam aparecer:
Que obedeçam aos interesses do concelho e que não sejam marionetas ou mandatados por diretórios partidários, relegando os interesses do concelho ou confundindo-os com os interesses definidos pelos seus partidos.
Que defendam os princípios da legalidade e da igualdade entre cidadãos, pondo fim a anos de negócios pouco claros, de compras e de contratações de pessoal sem quaisquer concursos e com o claro favorecimento de alguns.
Que assumam um compromisso de honra perante Vila Real de Santo António de que irão auditar os negócios e contas da autarquia enviando para as entidades que tutela as autarquias ou para a justiça todos os processos onde sejam encontrados indícios de irregularidades ou mesmo de ilegalidades.
Vila Real de Santo António tem de acabar com um ciclo de incompetência, falta de transparência, oportunismo e, se for caso disso, os responsáveis por eventuais crimes ou irregularidades que ajudaram a arruinar o concelho devem ser responsabilizados perante a justiça, não se aceitando que o passado seja enterrado e abafado enquanto serão as próximas gerações a pagar uma dívida insustentável que pode chegar ou ultrapassar os 200 milhões, quase sete vezes o valor global do orçamento anual da CM!