O PROBLEMA AMBIENTAL




A propósito d hipótese do aeroporto do Montijo um grupo de cientistas contestou esta solução para Lisboa com vários argumentos, um dos quais as consequências do aquecimento global. Quer se queira, quer não as decisões de investimento com um horizonte temporal de várias décadas implica que se questione a sua vulnerabilidade a uma eventual subida das águas do mar.

Sucede que uma das localidades do país construída quase ao nível do mar é precisamente Vila Real de Santo António, sendo muito provavelmente a cidade do país que mais sofrerá se em consequência do aquecimento global se registar a subida das águas do mar que alguns cientistas prevêem.  E como estamos falando de um horizonte temporal de meio século isso significa que toda e qualquer construção que seja lançada neste momento deve ser avaliada.

Com isto não se pretende dramatizar o problema, mas é evidente que os nossos autarcas andaram tão entretidos a organizar festas e festarolas e a mandar dinheiro para ajudar o regime cubano, que nunca se discutiram os problemas sérios do concelho, o que explica o estado a que este chegou. É incrível que estes autarcas tenham ignorado as questões ambientais, como se o concelho fosse vizinho do de Manteigas, numa encosta da Serra da Estrela.

Às vezes temos a impressão de que a nossa terra foi invadida por hordas de bárbaros, tal é a ignorância desta gente ou o comportamento de brutamontes de algumas das personagens mais emblemáticas do regime. É incrível como uma das localidades mais ricas do país no que se refere ao meio ambiente, é gerida por gente sem o mínimo de sensibilidade para o problema. A não se que consideremos que o aumento das pulgas, das baratas e dos ratos seja, afinal, o resultado de uma aposta na biodiversidade.

Basta ir ao limite norte da sede do concelho, passear pelo pinhal ou ir a qualquer lado para percebermos como a autarquia não te a mais pequena sensibilidade ambiente, não admirando que o tema seja ignorado. É lixo e entulho por todo o lado.