Numa das suas primeiras entrevistas e perante a necessidade
de cortar em todas as despesas, a agora é São tentou colar-se ao sucesso do
governo e sugeria que os cortes ocorreriam em 2018 e 2019 seria já um ano de
retoma, em consequência dos benefícios resultantes do ajustamento que iria ser
feito.
Era um discurso fácil e até fazia sentido, só que era
mentira já que o ajustamento económico feito com o governo nada tem que ver com
a necessidade de cortar as despesas de uma autarquia que estava insolvente e
continuará à beira da insolvência. Ainda por cima, em 2017 e 2018, convencida
de que iria conseguir passar pelo meio dos pingos da chuva, a liderança
incompetente da autarquia escondeu a realidade e prosseguiu na sua orgia
financeira irresponsável.
Na autarquia não ocorreu qualquer ajustamento de custos para
os investidores, num concelho que anseia por investimento turístico todas as
medidas adotadas pelos incompetentes penalizaram os investidores ou os
consumidores do setor turismo, aumento do IMI, aumento de todas as taxas
camarárias, aumento brutal do preço da água, taxa turística, parquímetros. A São
financia as sua má gestão financeira à custa da redução dos rendimentos dos
vila-realenses e como acha pouco ainda os põe a render para a ESSE e para as
águas.
Todos estes esquemas de conseguir dinheiro a qualquer custo
penalizam os vila-realenses de forma dupla, têm mais despesa e uma parte das
receitas que conseguem com o turismo reverte a favor dos cofres de uma câmara
que gastou dinheiro à fartazana. As consequências são o empobrecimento, a perda
de valor dos investimentos imobiliários e a degradação da procura turística, já
que o concelho é cada vez mais caro e o modelo turístico promovido pelos
autarca é chunga.
Mas parece que a desgraça é pouca e vem aí o único
compromisso eleitoral da São que até agora foi cumprido, a alteração do esquema
de taxas de estacionamento cobradas pela ESSE em VRSA. A partir do dia 1 de
janeiro os vila-realenses só terão isenção de taxa de estacionamento na sua
própria rua, algo que é uma inovação da nossa São. Mas é bom lembrar que a
autarca tem um bom argumento, para ser adotada esta sacanice foi criado um grupo
de trabalho onde os vila-realenses foram devidamente representados por um conhecido
comerciante.
Portanto já sabem, a partir de 1 de janeiro quem estacionar
o carro num lugar da ESSE que não seja na rua onde residem ou pagam taxa ou pagam
multa. Os vila-realenses foram transformados em vacas de ordenha da ESSE, mas
temos de estar felizes, a São cumpriu um dos seus compromissos e tudo foi feito
com a nossa concordância, já que o tal comerciante nos representou!