Depois de anos a vender o peixinho da autarca com preocupações
sociais eis que a nossa querida autarca escorregou numa casa de banana e meteu
o pezinho todo dentro da argola. Apertada com falta de dinheiro e muito
provavelmente tentando passar uma boa imagem junto do FAM, a São decidiu um
brutal aumento das rendas sociais.
Desta vez não se gabou. Mandou cartas às vítimas com a nova
renda e mais algumas ameaças veladas, sugerindo que dados falsos teriam
consequências graves. Mas bastou um post n Largo da Forca para ficar assustada
e recuar. Se para aumentar optou por cartinhas silenciosas, perante a
indignação recorreu a um comunicado, onde dizia aos pobres que graças à sua
imensa bondade iam ter um aumento brutal em prestações.
O curioso é que a mesma autarca que há uns meses atrás
acusou a oposição de divulgar os documentos das sessões de câmara, acusando os
vereadores de terem passado os mesmos ao LdF, desta vez esqueceu-se que no passado
tinha defendido a estupidez da suposta confidencialidade dos documentos das
sessões de câmara e não sói divulgou a proposta, como faltou ao respeito pelas
instituições autárquicas. Aquilo que colocou no site muito antes da autarquia
era apenas uma proposta do PSD que ia ser votada uns dias depois.
A mesma autarca que mandou as cartas ameaçadoras ficou cheia
de medo e dizem-nos que agora vai chamar os moradores um a um para lhes comunicarem
a decisão e colaborarem na atualização da informação. Isto é, recuou em toda a
linha e tenta agora transformar a incompetência em votos, dando uma imagem
absolutamente miserável do funcionamento de uma autarquia.
Esperemos agora que solicite à sua advogada Ângela Lança que
lhe diga a quem é que foram mandadas cartas brutais em nome da autarquia, como
a que enviou à cantora Romana de Oliveira, alguém que atravessa grandes dificuldades
económicas. Fica aqui a carta enviada pela advogada Lança, uma senhora que
abichou 20.000€ da autarquia para mandar cartinhas destas para que não seja a
São a dar a cara:
“Exmo. Senhor,
Solicita-me o meu Cliente Município de Vila Real de Santo
António, na qualidade de Senhorio, da Fração autónoma "Lote 16",
correspondente do prédio urbano sito no Bairro da CP, em Vila
Real de Santo António, que diligencie a liquidação da dívida
que V. Exa. actualmente tem para com o mencionado Município, correspondente às
rendas em atraso.
Nos termos do n.o 1 do artigo 1041.o do Código Civil, venho,
pela presente, comunicar que V. Exa. se encontra em mora, dado não ter sido
eÍectuado pagamento atempado da renda
correspondente aos meses de Janeiro de 2014, Novembro de
2017 e Abril de 2018, pelo que as mesmas sofrerão um agravamento, a título de
indemnização, no valor de 50olo. Encontram-se
ainda em mora, no que concerne ao plano implementado, os meses
de Junho e Julho de 2019.
Relembro que nos termos da lei em vigor, V. Exa. poderia ter
feito cessar a mora, sem qualquer agravamento, caso as rendas tivessem sido
pagas no decurso dos I (oito) dias seguintes àqueles em que as mesmas venceram.
Assim, as rendas vencidas em 31 de Julho de 2019, assumem o valor de € 893,36
(oitocentos e noventa e três euros e trinta e seis cêntimos), o qual
corresponde a rendas e agravamento.
Mais se informa V. Exa. que, o não pagamento das rendas é
fundamento para Resolução do contrato e de acordo com as instruções da minha
Cliente, caso o valor em dívida não seja pago,
irei desencadear as necessárias diligências para intentar a
competente acção judicial para desocupação do imóvel e recuperação dos valores
mencionados, a que acrescerão os inerentes encargos judiciais e de
procuradoria, caso V. Exa. não proceda à liquidação do valor acima referido.
Caso tenha, entretanto, efectuado pagamento do valor em dívida, solicita-se quê
considere sem efeito o teor desta carta.
Sem outro assunto, subscrevo-me com os meus cumprimentos,
Ângela Martins
Advogada”