“Quem lhes pagava a residência e tudo mais era a SGU, a SGU
pediu me casas para arrendar o Pedro Alves, todas as que eu tivesse.
Arrendei 1 única, os Cubanos foram ver 2 casas comigo e
foram de uma arrogância terrível, 1 das casas não tinha televisão mas eles
queriam 1 televisão muito grande, iam pedir à SGU. Eu fiz as perguntas todas
que quis, a SGU pagava tudo, incluindo 4 e 5 aquecedores porque eles vinham de
um país muito quente e aqui tinham frio. Pagava as rendas, pois o contrato foi
à SGU, pagava eletricidade, água, gás (era só ligarem para o Munhoz e eles
vinham repor o gás).
Eu Arrendei 1 única casa, vi o esquema todo e saí fora, pois
achei um abuso, uma falta de respeito, uma coisa sem nexo algum, pois tenho
conhecimento da realidade da terra e as suas dificuldades!!!”
Sabendo das dificuldades que sofrem muitas vila-realenses,
são muitas as mensagens onde concidadãos nos dão conta dos seus problemas, ao
ler este comentário no post de ontem o mínimo que sentimos é revolta. Numa terra
onde se aumentam brutalmente as rendas sociais, onde há famílias sem recursos
em desespero por precisarem de uma pequena habitação, onde são cada vez mais as
pessoas sem gás, água ou eletricidade em consequência destes serviços serem
cortados por falta de pagamento, somos confrontados com a fartura que foi
proporcionada a gente que veio de foram.
Note-se que estes senhores não eram médicos oftalmologistas,
diziam que era gente da cultura, ainda que o post de coronel do seu chefe denuncie
um gato escondido com o rabo de fora. Com o argumento da cultura cubano Cuba
teve em VRSA um pequeno destacamento apoiando politicamente um autarca da pior
direita. Há quem nos conte que esta gente tinha papel ativo em domínios que
nada tinham que ver com a cultura.
Viveram por cá anos, sabemos agora quem lhes deu asa, que consumiam
eletricidade e gás, deixando um pesado rasto de despesa e de pegada carbónica,
sabemos que, por exemplo, no dias das últimas eleições autárquicas estiveram
muito ativos e agitados, sabem-mos que estes não podem dizer que trabalhavam pro bono como o pessoal da Tempestades Cerebrais.
Mas não sabemos que contratos assinaram com a autarquia, que
acordos foram assinados com o regime cubano, quanto ganhavam, quanto gastavam
em gasolina e em que carros se deslocavam, quanto gastavam em telefones e quem
lhes comprou os telemóveis. Sabemos apenas que gostavam de andar quentinhos, que
queriam televisões de luxo em casa e que vindos de um país onde pouco tinham rapidamente
passaram a ser muito exigentes.
O que andaram cá a fazer, quanto se gastou com eles, porque desapareceram de
repente, a que processos tinham acessos, que colaborações davam ao Luís e à
São? Ninguém sabe e parece que são muitos os que não querem que se saiba. Os
vila-realenses ficaram sem oi dinheiro e agora querem que fiquem sem saber a
sua própria história.