Foto de Carlos Barros no seu Facebook
Às vezes parece que o deputado botico-vilarealense que foi
cabeça de lista pelo PSD às últimas legislativas foge da terra como o diabo da
cruz, algo que se compreende. Só isso explica que raramente se tenha visto o
homem associado a iniciativas locais, ainda que a sua colega São Cabrita se
tenha destacado na mobilização da população contra o Governo na questão da
EN125.
Agora que se aproximam as legislativas é natural que o homem
comece a aparecer, até porque parece óbvio que o deputado Cristóvão Norte tem
tido um melhor desempenho, até mesmo em assuntos que se pendem com Vila Real de
Santo António. Sem grandes apoios na região e com o seu partido em dificuldades
crescentes na terra mais arruinada do Algarve o deputado Carlos Barros luta
pela sobrevivência da sua carreira política.
Na semana passada deu-lhe para a lamúria poética no que
prontamente foi partilhado pelo “maior site de VRSA”. É natural que nem todos
concordassem, mas em vez de mostrar grandeza e segurança o deputado parece ter
perdido a oportunidade de defender o que andou e ainda anda a ajudar a fazer
nesta terra.
Pensava-se que a falta de educação, a acusação de mentira em
relação a todas as críticas, a fuga ao debate, fosse um atributo familiar ou
mesmo alguma consequência do consumo excessivo de atum, mas não, parece que é
um tique. A uma longa crítica à gestão no domínio do património o ilustre
deputado responde com um parágrafo cheio de queixumes:
«Incrível a displicência arrogante, a desinformação, a
insinuação generalizante, cheia de mentiras e inverdades e distorções, com que
alguém se arroga o direito de achincalhar terceiros no seu próprio mural — com
apoiantes e tudo a confirmar os veredictos... Que lamentável, que pena que o
debate hoje em dia se faça a este nível inquisitório....»
Isto depois de se ter aproveitado de uma gralha na escrita
para achincalhar outro cidadão que o tinha criticado. Sinceramente esperávamos
melhor de um deputado que subiu na vida à custa da nossa terra e que nos representa
no parlamento. Para acabar com o debate incómodo recorreu a um “agradecia que
deixasse de conspurcar o meu, obviamente -- use o seu...”.
Enfim.... optámos por nada escrever para não conspurcar o mural do elegante deputado. Lá se foi a esperança de ter um debate sério em torno dos problemas de Vila Real de Santo António, os deputados municipais do PSD local parece que usam os mesmos argumentos e linguagem.