RECESSÃO


É comum falar de recessão em termos internacionais ou locais e a teoria económica dedica-se ao estudo destas crises, bem como às políticas adequadas às usa superação. Todavia, pouco ou nada se fala em relação às recessões de dimensão regional ou local, como se fossem fenómenos económicos de menor importância. Ainda que as causas não sejam as mesmas não é raro algumas regiões atravessarem situação de depressão, algo que foi visível em regiões como o Vale do Ave ou Setúbal.

Independentemente da dimensão as causas são muitas e diferentes das que geram as crises de dimensão nacional. Todavia, costumam merecer a intervenção dos governos e apelam a um papel ativo por parte das autarquias. Tanto em Setúbal como no Vale do Ave a causa das crises regionais resultaram da decadência de modelos industriais ue não resistiram ao processo de globalização. Graças aos governos e às autarquias as crises foram superadas.

No caso de Vila Real de Santo António estamos perante uma crise profunda, sem que possamos encontrar as causas na economia local, a grande causa da recessão local resulta da irresponsabilidade com que a autarquia foi gerida durante mais de uma década, o exagero levou a que seja a ruína da autarquia arrastar a depressão da economia local. A perda de rendimento, o aumento das taxas, a falta de qualidade de serviços públicos como a limpeza, estão destruindo VRSA. Um concelho que nos passado era o mais dinâmico da região, incluindo a região fronteiriça de Espanha, entrou em decadência e nem sequer em relação a Castro Marim é competitivo.

Em VRSA é o poder central, através do FAM, que impõe um mínimo de competência na gestão da autarquia, isto é em vez de ajudar com soluções o poder central ajuda impedindo mais incompetência e irresponsabilidade. Enquanto as outras autarquias acorrem aos cidadãos em situações de crise, em VRSA é a autarquia que provoca a crise, que retira os apoios sociais e ainda tenta vender os bairros sociais para salvar a pela da presidente da autarquia,

A recessão em que Vila Real de Santo António é um absurdo económico e político, a economia local que nada lucrou com o esbanjamento dos recursos paga agora as taxas que lhe retiram competitividade para que os que que sõ responsáveis pela crise possa salvar o seu poder pessoal. O concelho vive voando sobre um ninho de cucos e enquanto se afunda o ex- autarca publica imagens do seu último Make Up e a atual presidente apresenta programas de austeridade como produto da sua grande competência como gestora.