O comentário feito pelo Dr. João Viegas no seu Facebook e que partilhou no VRSA+Livre merece ser lido. De uma forma muito simples e em poucos parágrafos somos confrontados com a ruína em que uns quantos deixaram Vila Real de Santo António.
Ainda que a bazófia não tenha acabado como se percebe pelo último boletim municipal, o tal que custou 22 cêntimos, a verdade é que os vila-realenses que nasceram nos últimos anos ou que viverão nos próximos não conhecerão um concelho normal, isso se o concelho resistir a 30 anos do inverno financeiro resultante das dívidas que apesar do FAM não param de crescer.
Depois de dois séculos de esplendor é este o resultado de 13anos de uma verdadeira filoxera, resultante do trabalho de gente como Luís Gomes, Carlos Barros, São Cabrita, Luís Romão, só para referir alguns dos que tiveram responsabilidades executivas. A estes teríamos de acrescentar alguns deputados municipais da direita, bem como alguns que depois de eleitos pela oposição se bandearam para o lado da “manjedoura”.
Como é possível que depois de se terem gasto tantos milhões de euros, levando a dívida a mais de 200 milhões vemos Vila Real de Santo António ficar para trás de Olhão, Tavira, Castro Marim ou Ayamonte, concelho que no passado nos olhavam com alguma inveja. Chegámos ao ponto de andarmos a vender o nome da corporação de bombeiros a troco de subsídios e enquanto não temos dinheiro para roparar o repuxo Casto Marim investe numa ciclovia na EN122.
Mas quem ouve os artistas que nos arruinaram fica a pensar que são verdadeiros magos, em 2017 afundaram ainda mais o concelho, nos primeiros 9 meses de 2018 comportaram-se como se vivessem em abundância, e agora que aplicam o que o FAM impôs sob a chantagem de correr com eles têm a distinta pouca vergonha de darem ares de grandes gestores que depois de muito estudo inventaram aquelas mesmas medidas.
Durante trinta anos e na hipótese de sobreviver enquanto concelho iremos ver os nossos vizinhos ultrapassarem-nos, seremos muito provavelmente o concelho mais pobre do país, mas bazófia não lhes vai faltar e continuarão a falar de uma VRSA muito “Espectacular”.