PENSAR O FUTURO COM GENTE DO FUTURO



As equipas formadas por Luís Gomes, onde além do ex-presidente se destacam a Dra. Conceição Cabrita, atual presidente, bem como o Arq. Carlos Barros, deputado e presidente da Assembleia Municipal, substituíram o que devia ter sido um pensamento estratégico para o futuro de concelho de Vila Real de Santo António por algo que não passou de bazófia. Grandes desenhos de arquitetura para VRSA e Monte Gordo, grandiosos projetos turísticos para a Manta Rota, um grande hotel na “muralha”, um cluster do mar, muitos protocolos com entidades empresariais, dezenas de grandes ideias que não passavam de construções na areia.

O que sobrou de toda esta bazófia?

Uma obra do regime na Praia de Monte Gordo, uma primeira pedra na posada, um hotel de pouco mais de duas dúzias de quartos que insistem em estar fechado e pouco mais. Estes senhores gastaram, cerca de 500 milhões de euros em treze anos, recorreram aos mais variados truques para poderem aumentar a dívida e agora não têm nada para apresentar, nem sequer o repuxo em frente à antiga Alfândega conseguiram reparar.

Muito pouco, quase nada, para tão grande investimento, sinal de que o dinheiro não foi investido, foi esbanjado por uma estratégia eleitoralista de promoção do poder pessoal, estratégia que parece ter merecido o beneplácito do FAM em 2017 e que só parou quando este fundo fechou a torneira. Até setembro passado o poder mostrava VRSA como um caso de sucesso, “espectacular” dizem mesmo alguns.

O resultado de décadas sem estratégias para o futuro e de treze anos de bebedeira financeira permanente é um concelho arruinado, ultrapassado pelos seus vizinhos e cuja corporação de bombeiros pode mesmo vir a ceder o seu nome a Castro Marim, como sinal da decadência de um concelho que durante dois séculos teve motivos de orgulho, sendo o mais rico da região, Espanha incluída.

É preciso mudar e isso implica pensar o futuro, o que obriga a mobilizar gente que põe o interesse dos seus concidadãos acima do bem-estar do seu clã familiar.