Por aquilo que se vai ouvindo parece que aumento descontrolado da dívida do município
vai acabar por matar a galinha dos ovos de ouro, depois de cortar em tudo o que
podia ser cortado é inevitável que os cortes cheguem onde sempre chegam numa
instituição ou empresa em dificuldades, aos custos dos recursos humanos.
Avenças, horas extraordinárias e ajudas de custos são os
custos mais fáceis de reduzir na hora de apertar o cnto e isso significa o fim
de muitos rendimentos gerados por uma autarquia gerida na base do aumento da
dívida. Resta saber agora até onde irão os cortes, já que com o investimento e a
manutenção reduzidos a zero, a salvação do executivo camarário passa
necessariamente por poupar em rendimentos salariais.
Já se ouvem queixas em relação a horas extraordinárias um
sinal de que as dificuldades financeiras estão chegando ao bolso e aos
rendimentos de muitas famílias do concelho. A ilusão de fartura criada peal
dívida está a chegar ao fim e depois de muitos cortes que resultaram na
degradação da qualidade de vida no concelho poderemos vir a assistir a uma
redução do rendimento disponível de muitas famílias.
A confirmar-se isto no próximo orçamento da autarquia isso
significa que ao efeito da sanzonalidade da atividade económica junta-se a
redução do rendimento de muitas famílias, agravando o efeito depressivo. Daqui pode
resultar o agravar da recessão na economia local, com todas as consequências
que poderão resultar para a economia do concelho.