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Quando o “Largo da Forca” foi criado as expectativas eram mínimas, vivia-se numa terra abafada por gente sem grande formação democrática, os poucos que ousavam criticá-los eram perseguidos das mais diversas formas, ameaçados, perseguidos, ofendidos nas redes sociais, insultados, os jagunços que ainda vigiam as redes sociais eram donos, comportavam-se e ainda se comportam como se fosse donos da terra.  Vivia-se naquilo a que alguém designou por “asfixia democrática”.

Enquanto o silêncio era imposto a caravana dos imbecis passeava-se pela cidade, gente inchada por se sentir poderosa, proprietários legitimados de um concelho, reis e senhores de tudo. Essa caravana, uma espécie de “Ramona” política” que ainda por aí anda não opinava, não argumentava, limitava-se a intimidar, a calar e a mandar calar. Só o poder, o seu pasquim e a sua rádio tinham liberdade total de expressão.

Quando o “Largo da Forca” começou a opinar valeu de tudo, ataques de criminosos informáticos que escreviam e-mails com ameaças e chantagens, tudo escritinho em letras maiúsculas, uma espécie de assinatura muito bem conhecida. Falhada a estratégia criminosa da chantagem com recurso a técnicas mafiosas de invasão da privacidade, seguiram-se as ofensas pessoais a que não escapavam familiares vivos ou falecidos. Gente que por tudo e por nada se aram em “putas ofendidas”, ofendiam a torto e a direito.

A estratégia não resultou, seguiu-se a tentativa de abafar a presença nas redes sociais, em particular, no Facebook. Compreendia-se, nalguns dias a página do “Largo da Forca” no Blogger tinha um número de visitas equivalente a 35% dos votos expressos nas últimas autárquicas. Quando se sentiram identificados acabaram por ter medo, algo que todos temos por uma questão anatómica.

Começaram os ataques pessoais, todos os que ousavam ter opinião eram autores do Largo da Forca, um empresário do regime chegou ao desplante de segredar ameaças a um cidadão em plena reunião da Assembleia Municipal. Assalariados da SGU mandava recados do tipo “ponham-se a pau porque já sabemos quem são”. Um conhecido calhandreiro local até chegou a “informar” que tinha decorrido em Lisboa uma reunião com um conhecido bandido para tratar do “Largo da Forca”.

Pelo meio alguns artistas andaram a brincar aos chapéus, até confundiram os chapéus conhecidos como chapéus de labrego com o nosso chapéu cubano, enfim, influência dos chapéus oferecidos na campanha eleitoral. A caravana dos imbecis socorreu-se de tudo para calar o “Largo da Forca” e assim assegurar que a cidade seria mantida em silêncio, ouvindo-se apenas o que convinha.

Enganaram-se, há um antes e um depois do “Largo da Forca”, acabou o medo e o número de cidadãos da nossa terra que seguem, o Largo da Forca. Pouco importa se somos muitos e não disputarmos o estatuto de maior site da cidade. O que nos importa é que há 100 pessoas que gostam de ouvir opinião diferentes das ouvidas no Rádio Guadiana ou lidas no Jornal do Algarve, 1000 pessoas que não têm medo de pensa e de ouvir opiniões.

Quase mil afirmam gostar do Largo da Forca e muitas mais, pelo passa-palavra e outras formas de comunicação, discutem o que aqui se opina. Foi para isso que viemos, para permitir aos vila-realenses que pensem e não sejam condenados pela caravana dos imbecis a pensar o que eles acham que devem pensar.