Há três domínios onde a nossa autarquia gasta dinheiro à fartazana, em estudos, em advogados e em imagem. Sinal de que por tudo e por nada precisam de estudar e como com tanto avençado especializado nos mais diversos domínios, como o da comunicação onde contam, entre outro, com o nosso tão apreciado Tiago, têm de pagar a quem pense por eles. De que os negócios camarários correm tão bem que uma boa parte dos processos acaba em litígio e, por fim, de gente que melhore a imagem dos autarcas.
Desta vez quem vem cá ganhar uns cobres à conta da imagem da autarquia, é um tal Bernardo, famoso nas lides da bola, mas que julgamos que em VRSA e por mais que se desunhe nem se trouxer o nosso Jonas vai conseguir acertar uma na baliza. Mas o mais divertido é que vem por conta da SGU e não da autarquia, pelo que das duas uma, ou a gestão da comunicação da autarquia é competência da SGU ou então andam a fazer estudos para saber como é que uma SGU que nada tem para fazer deve comunicar.
Consta no contrato que a prestação de serviços por parte do Bernardo desenvolve-se em três fases:
«Fase 1: Definir, em conjunto com a VRSA, Sociedade de Gestão Urbana, EMSA, as prioridades, objetivos e instrumentos a utilizar para a definição estratégica do plano de comunicação e desenvolver na primeira fase;
Fase 2: Depois de diagnosticado e elaborado o plano, o mesmo terá que ser colocado em prática, sendo que a meio do período de execução do presente procedimento, o plano estratégico e o plano de ação terão de estar devidamente implementados;
Fase 3: Monitorização e avaliação dos serviços prestados.”
Cá estaremos para avaliar os resultados e esperamos que os partidos da oposição representados na autarquia solicitem o acesso a este processo-o para se perceber como é que numa SGU onde se fala de internalização, algo que só faz sentido no quadro de um processo de dissolução, se gasta dinheiro que já não se tem com o nosso “amigo” Bernardo. Os prejuízos infligidos pelas muitas desgraças decorrentes da gestão ou o trabalho da oposição tem assim tantas consequências para que os nossos estimados autarcas cortem nos apoios sociais e agora andem a gastar na imagem?
Não se entende como é que uma autarquia que arruinara, que corta em tudo o que é apoios, desde os apoios sociais aos apoios ao associativismo, tem dinheiro para comunicação, isto é para propaganda. Será que os palavrões e outros ataques que nos são dirigidos por algumas tristes personagens num conhecido grupo do Facebook apoiante do poder, são resultado de um conselho do Bernardo?
Só mais uma pequena curiosidade, a empresa Wonderlevel Partners foi criada no tempo em que Luís Bernardo era assessor de Sócrates e destinava-se a organizar eventos encomendados pelo gabinete do então primeiro-ministro. Uma das ações mais famosas foi a célebre apresentação do Magalhães com crianças contratadas. Enfim, esperemos que o Bernardo não organize manifestações de apoio aos Cabritas com manifestantes contratados, a lembrar os funerais romanos onde se pagava às carpideias.