COMO VAMOS DE OBRAS?




Sabemos que o tema das obras das infraestruturas da Praia dos Três Pauzinhos é incómodo e mesmo correndo o risco de algum imbecil nos acusar de repetitivos não deixaremos de questionar a nossa estimada autarca sobre como vão as obras, as tais que seriam os operadores a pagar?

Também poderíamos perguntar à autarca em que ponto está a promessa que fez a um cidadão deficiente que nos visitou de que iria procurar um lugar de estacionamento em Monte Gordo e depois seguiria para a praia em cadeira de rodas. Calculamos que a autarca esteja esperando pelo verão, já que fazê-lo agora seria tarefa demasiado fácil. Mas mesmo que não cumpra com a sua palavra, algo que nem nos surpreende nem nos leva a ter pior opinião do que a que já temos, já em relação à nossa praia não nos calaremos.

Não nos calaremos porque a senhora que fez parte de um executivo que nos andou a impingir desenhos de arquitetura que nos custaram os olhos da cara, mostrando uma Dubai que ia do Sapal aos Três Pauzinhos, parece agora ter deixado de se preocupar com a dinamização empresarial, condenado a Praia do Caramelo a fazer xixi na areia.

Não se entende que tenha investido tanto em Monte Gordo e na Manta Rota, nada cobrando aos empresários, enquanto em relação à praia da sede do concelho nada fez e até as infraestruturas como o saneamento básico, a energia e os telefones têm que ser pagos pelos empresários.

Quando é que as obras começam? Quando é que a presidente da autarquia assina o tal protocolo com a APA para que as obras sejam cobradas, protocolo que anunciou e lhe permitiu ficar muito ofendida e indignada pela sugestão de que teria faltado à verdade?

Já vamos quase no fim do mês de janeiro, já quem nas redes sociais anuncie que está para breve a reabertura da Praia do Caramelo e de obras nada, o mesmo sucedendo com o tal protocolo. Será que vamos ter mais uma época balnear com a Praia dos Três Pauzinhos sem nada, para além do pó da estrada?

Compreendemos o silêncio do empresário que informou ser o dono da empresa concessionária, mas a praia pertence a todos os vila-realenses e por isso estamos no direito de exigir à presidente da autarquia que torne público o protocolo com a AP ou que diga quando e que texto vai ser assinado e que dê início às obras, até porque se não é a autarquia a pagá-las não se entende tanto atraso-o.

Mas o mais divertido no meio de toda esta incompetência é vermos o deputado Carlos Barros muito empenhado em apertar com a ministra do Mar, a melhor amiga do PSD/VRSA, com o atraso nas obras no cais de Portimão. Enfim, esperemos que o ilustre deputado se preocupe com os atrasos na terra onde preside à AM.

"De acordo com José Carlos Barros, «este é mais um lamentável exemplo de investimento público anunciado para o Algarve nesta legislatura e que não será concretizado», numa obra de «particular importância estratégica para o turismo e a economia da Região»." (A Voz do Algarve)