Se alguém se preocupasse com os troços da EN122 antes de se entrar na via rápida muitos perguntariam onde é que fica essa estrada. Isto é, falar da EN122 não dá sainete, não é notícia na comunicação social, não trás o Cristóvão Norte (o tal deputado do PSD de Faro que a um dia do conselho nacional se bandeou do lado do Rui Rio para o do Monte não sei do quê) não viria a VRSA.
É por isso que quem quer dar nas vistas, apresentar pré-candidaturas a presidente de junta de freguesia ou dinamizar movimentos de cidadania que um dia poderão servir para uma candidatura independente (talvez dos Cabritas se o Luís Gomes lhes passar a perna) preferem a EN125. Até porque em relação à EN122 há muito que se faz silêncio, e como se trata de meia dúzia de quilómetros não importa quantos morrem nessa estrada.
A verdade nua e crua é uma, preocupam-se com a EN125 porque essa estrada tem um impacto mediático que lhes permite obter proveitos. Além disso, sabiam muito bem o imbróglio jurídico em que estava o processo e isso permitia-lhes tirar mais proveito pessoal dos protestos. Agora andam a desenhar rotundas e como as legislativas se aproximam parece que vão voltar a querer aparecer nas televisões ou passearem a Lisboa mais a senhora presidente.
Mas a verdade é que o troço da EN122 entre a rotunda da Barquinha e a entrada na via rápida é um troço com elevada perigosidade, onde se têm registado alguns dos acidentes rodoviários mais violentos da região. Não se entende, portanto, o silêncio em relação a esta questão.