PORQUÊ TANTO SILÊNCIO?



Ao falar de “internalização” a propósito da SGU o que a autarca está dizendo é que a SGU está em processo de dissolução, o termo internalização é precisamente um conceito que na nossas lei e gíria da gestão empresarial surge na lei a propósito da dissolução das empresas municipais.

Por dissolução entende-se precisamente a integração nos serviços e quadros de pessoal da autarquia das competências e do pessoal ou parte do pessoal que tem relações contratuais com a empresa municipal. Se está em curso a dissolução da SGU não faria sentido a autarca tornar isso público e assumir todas as responsabilidades, a começar pelas suas intenções em matéria de integração de pessoal? 

Estando em causa o futuro de tanta gente e havendo a possibilidade de não ser possível Integrar toda a gente impõe-se que o processo seja absolutamente transparente, parta que não subsistam dúvidas de que tudo é feito assegurando o respeito pelos princípios da igualdade e da legalidade, algo que exige o escrutínio dos munícipes e em especial dos visados. Cada quadro da SGU tem o direito de saber porque o colega ficou na CM e ele foi despedido.

O que não faz sentido é que se diga hoje que ninguém do setor das águas vai ser despedido, uns tempos depois percebe-se que quem não aceitou ser empregado de uma empresa que desconheciam é atirado fora, de princípio com o argumento da “extinção do lugar”, constando agora que algo foi mal feito e, afinal, segue-se um despedimento coletivo. 

Não é aceitável que o futuro de quem deu anos de trabalho ao município seja agora tratado como uma embalagem descartável e nem sequer tem o direito de saber se é ou não reciclável. É preferível que tudo seja feito de forma transparente e com competência, do que deixar ao “diz que disse” e ao boato a comunicação pública das decisões. Exige-se que tudo seja transparente e que no caso da integração na autarquia não abranger todos os trabalhadores a prioridade não seja dada aos “amigos”.