Sabemos pela TVI que em Alcoutim há uma unidade móvel de saúde que anda pelas aldeias cuidando dos idosos que vivem em aldeias isoladas. Aqui ao lado, em Castro Marim é notícia que mais de 300 castro-marinenses deixaram de fumar graças a um programa da autarquia, a mesma que vai construir a ciclovia na EN122 entre VRSA e aquela localidade. Em Portimão vai realizar-se o Festival da Canção RTP, a mesma cidade recebe três produções teatrais com o selo do Teatro Nacional D. Maria II.
O Algarve mexe-se, promove o desenvolvimento, cria melhores condições de vida para os seus cidadãos, vemos realização e independentemente dos partidos a que cada autarca pertence percebe-se o seu empenho. Vemos também transparência, poderemos não apreciar o autarca de Castro Marim, mas aqui ao lado as reuniões dos órgãos da autarquia estão no Youtube, mesmo com a presença potencialmente funesta de um tal Luís não se regista a opacidade que nos impuseram.
Por aqui só temos direito a doses de cavalo de propaganda, temos uma autarquia que não faz nada e que aproveita tudo e mais alguma coisa para fazerem propaganda. Chega ao ridículo de cortar brutalmente nos apoios ao associativismo, boicotar uma marcha organizada pelo IPDJ e agora vai organizar uma sessão com aquele instituto onde vai mostrar o que a autarquia não faz com o que o IPDJ promove para dar ares de grandes realizadores.
Vamos ao site da autarquia e só vemos propaganda, visitamos o Jornal do Algarve ou ouvimos a Rádio Guadiana e só temos propaganda. Tudo serve para ser notícia para que ninguém repare na inércia total ou na opacidade da autarquia. Que o farol (terá sido obra de algum antepassado dos Cabritas?) fez 96, uma notícia ridícula que já recorrer aos aniversários dos edifícios para engrandecimento do clã. Que a Eurocidade prepara estratégias e o Luís Romão foi passear para Cáceres. Enfim, uma lista infindável de grandes realizações, coisas só possíveis graças ao brilhantismo dos Cabritas.
VRSA lembra-nos a anedota do Garcia, na hora do jantar metia um dos seus muito filhos sentado no joelho e ia perguntando “Ó filho, agora não comias um bife com batatas fritas e um ovinho estrelado?”, “Ó filho, agora não bebias uma laranjada?”, “Ó filho, agora não comias um arrozinho doce?”, ao que o filho ia respondendo “Ó pais, se comia!”, até que acabava por cair no sono. Quando o filho já estava ferrado no sono gritava para a mulher “Ó Maria, traz outro que este já jantou!”.
Parece que os Cabritas estão convencidos de que com tanta propagando os vila-realenses também vão acabar num sono profundo, estando gratos por tanta obra grandiosa feitas pelos Cabritas, quer nesta fase de exclusividade do clã, quer quando eram ajudantes dedicados do Luís Gomes.