AQUELE OLHAR...



Apreciamos especialmente as escolhas fotográficas da página política da nossa São no Facebook, aquilo que parece ser um trabalho esmerado do nosso Tiago, o homem da imagem do regime em boa hora contratado pela São e a quem a oposição muito agradece o precioso contributo para salvar VRSA desta filoxera que a atingiu, secando a vinha do nosso progresso por muitos anos.

Depois de uma imagem onde acinzentada, com uma túnica ao estilo da primeira comunhão, aparece agora numa opa com um  xadrez a lembrar os fatinhos infantis dos infantários, com um lencinho ao estilo russo que nos transporta para o imaginários dos pioneiros dos Kolkhozes, que enchiam as capas da vela revista "Vida Soviética", onde apareciam russas rechonchudas e bem nutridas e crianças felizes com ar muito inteligente. Aqui deve ter havido contributo poético do Zé Broa. Confessamos que temos saudades da túnica vermelha com que costuma aparecer nos momentos mais importantes, como aquele hastear da bandeira ao lado do ex-alcaide de Aiamonte, enquanto o nosso Matacão se exibia com as mãos nos bolsos, com ar que quem jogava bilhar ``as três tabelas.

Impressionante aquele olhar para algures entre as 10h15 e as 10h30, mostrando um momento de profunda reflexão, não se percebendo bem se estava a fazer contas a quantos colaboradores da SGU vão para a CM, a pensar na próxima carta complicada a esses senhores do FAM ou, muito simplesmente, a não pensar, momento alto do seu pensamento que parece estar por detrás de muitas das suas decisões.

Mas a filha do gerente que brincava na Praça Marquês de Pombal com o pobre filho do subgerente tem um ar superior, se o o Marinho chegou a presidente do Eurogrupo ela é uma espécie de Christine Lagarde do Baixo Guadiana, ainda no ano passado conseguiu reduzir a dívidas num montante tal que se a Tia Maria das Ervilhanas ainda estivesses sentada na esquina da loja do Senhor Duarte ainda tinha mandado comprar umas boas medidas para empazinar o mano entre duas charutadas à conta.

Mas a saudosa Tia Maria já partiu e se ainda nos alegrasse a boca com as suas ervilhanas já teria deixado de estar naquela esquina porque entre o chiqiueiro que por ali há no chão ainda a ASAE lhe levada a alcofa das alcagoitas. 

Mas a nossa São não só está linda, de fazer inveja ao cantor das botinhas brancas que ultimamente se apresenta com um olhar um pouco a dar para o esgroviado, como com aquele ar de intelectual nos enche de esperança, quando der a volta e passar a olhar para as 17h45 estamos certos de que lá livrou a autarquia da pesada dívida, a tal herança envenenada que o cantor das botinhas brancas lhe deixou.

Enfim, temos saudades da Tia Maria das Ervilhanas, da classe do Café Firmo, da Avenida limpinha e sem remendos e de autarcas competentes, que olhem os cidadãos e os problemas de frente.