TREMENDO COM MEDO DO TÓ



Já começa a ser um hábito na terra e um dia destes vão surgir vila-realenses a sentirem-se discriminados porque o Tó não sabe onde eles vivem. Tanto quanto sabemos o mano da presidente não é carteiro, estafeta da DHL ou cobrador do clube, pelo que teremos de entender que ao dizer que sabe quem esta ou aquela pessoa é ou que sabe onde alguém mora, só porque leu alguma coisa de que não gostou, está a usar o melhor estilo da Máfia ou da Camorra para mandar um recado.

Ainda há poucos dias foi um conterrâneo a ficar avisado de que o Tó sabe o que mora, um concidadão que nos seus 80 anos se lembrou de criticara a pobreza da agenda cultural do município foi logo avisado de que o volumoso Tó sabe onde mora. Agora o que parece ter levantado a tampa do esgoto na Manta Rota foi uma referência ao negócio envolvendo o edifício da Alfândega, lá veio o aviso ameaçador, o Tó sabe quem escreveu.


Não sabemos se o homem confunde o tremor no cão quando corre a caminho da praia com uma manifestação de medo por parte daqueles que ameaça, mas está enganado, o fenómeno comum nas savanas africanas quando se assiste a uma corrida de uma manada de paquidermes não resulta de alguém a tremer perante as ameaças do Tó. Mas como se diz que quem tem medo compra um cão, por aqui temos o Benfica, o Yorkshire Terrier da imagem, que já está a ser treinado para nos proteger de tão ameaçadora criatura.



"Morde-lhe Benfica, o Tó quer bater-nos!"


Compreendemos muito bem que um dossier como o do edifício da Alfândega seja muito incómodo para a mana do Tó e que numa altura em que a SGU está em fase de liquidação dava muito jeito que não se falasse do assunto, ainda por cima quando se escreve sobre a possibilidade de existirem indícios de ter sido cometido um crime muito grave. Mas como já lemos dezenas de vezes que são tudo mentiras e calúnias até pode ser que seja uma oportunidade para se queixarem à justiça.

É uma questão de assinarem mais uma adjudicação direta ao Morais Sarmento, se é que ainda há dinheiro para pagar os serviços de tão ilustre advogado. O problema é se o pessoal da justiça em vez de ler apenas a queixa se lembra de analisar com olhos de ver o dossier relativo ao edifício cedido ao Grand House para ali instalar suites de luxo, projeto que foi abandonado para dar lugar a um café com sala de fumo e que, enquanto, os senhores não forem lá queimar os cubanos está servindo de arrecadação do hotel e ao que nos dizem serve para guardar um barco.

(Essa mania familiar de bater um dia destes ainda dá mau resultado.)

PS: A melhor forma de se acalmar talvez seja ler, pelo que lhe recomendamos a leitura desta obra.