O NEGÓCIO ABSURDO



O São e o Luís fizeram vários negócios empresariais de que nenhum se pode responsabilizar, como tem feito a atual autarca quando confrontada com as responsabilidades pela desgraça a que levaram o concelho. No caso das águas o negócio foi iniciado pelo Luís e pela São e acabou por ser concretizado pela São. O mesmo sucedeu com o esquema do Hotel Guadiana e no caso da ESSE foi a São que aceitou alterar o contrato e dessa forma perdoar uma dívida colossal.

Ainda não se percebe para que venderam as águas, era um negócio lucrativo para a autarquia, apesar da bandalhice eleitoralmente oportunista no domínio das cobranças. Agora ninguém entende a razãu do aumento brutal das faturas, se não foi feito qualquer investimento, nem se prevê um investimento que exija este golpe nas carteiras dos vila-realenses.

Mas o negócio mais absurdo foi o do estacionamento pois não há qualquer razão económica ou que se prenda com a gestão do estacionamento ou do tráfego dentro do concelho. A única razão que poderia justificar este negócio era a obtenção de receitas, já que nada foi feito que justifique a cobrança de uma taxa, esta não funciona como uma contraprestação por um serviço prestado.

Se o concelho estava falido talvez fizesse sentido obter receitas, mas como explicar que muitos anos depois o município ainda não tenha recebido um tostão? Sejamos claros, se o Município nada ganha e a empresa nada paga sem que nada suceda quem está a ganhar com este negócio?

Será que estamos perante uma autarquia tão generosa e que aposta tanto nas empresas que até autoriza uma empresa a explorar os cidadãos do concelho a troco de nada? Este negócio é cada vez menos um assunto da economia para ser um problema da justiça.