A autarquia precisa de dinheiro para muita coisa.
Precisa de dinheiro parta assegurar níveis mínimos de higiene
e de saúde pública, assegurando que as ruas estão limpas e livres de
infestações.
Precisa de dinheiro para que os encarregados de educação
recebam o mais rapidamente possível o dinheiro que gastam nos livros.
Precisa de dinheiro para que as nossas crianças não tenham
de ir pedir autocarros a Castro Marim ou para que jovens e mais idosos possam
continuar a disfrutar das piscinas públicas.
Precisa de dinheiro para manter abetoS os serviços de apoio
a idosos, para reparar os parques infantis e manter operacionais as infraestruturas
públicas ao serviço da população.
Em suma, precisa de dinheiro para cumprir com mínimos que já
deixou de conseguir cumprir, porque a São gastou demais em 2017 e em 2018 e
agora ou aperta o cinto ou perde o mandato e tem de indemnizar o Estado.
Todos estes são bons motivos para que aumentem as taxas. O
problema é que não é para assegurar serviços mínimos que a São nos anda a tirar
o escalpe. Veja-se o que sucede com a recolha do lixo, a São mandou aumentar a
taxa de recolha dos resíduos sólidos em 23 e o que sucede? Continua a haver
lixo por todo o lado e na hora de lavar o pelourinho obrigaram uma funcionária
a ir de balde e esfregona.
Pois é, se vai pagar uma taxa porque tem um aparelho de ar
condicionado ou uma parabólica sinta-se feliz, afinal está a contribuir para a
felicidade alheia. Um antigo rececionista de hotel ganha como um doutro armado
em especialista em espaços públicos, o Tiago está a dar ao capacete na Praia
Verde, o Nelsinho anda a cantar por aí, o Pires organiza festas no Muxama e de
muitos outros nem sabem-nos o que fazem.
Afinal, estamos a ajudar muita gente a ser feliz e ainda
poupamos no que não gastam em papel ou ar condicionado por andarem por aí.