A Mão Amiga não é uma associação qualquer, é uma ONG que
mais do que donativos vive de fundos públicos. Sendo uma IPSS está sujeita a regras
muitos rigorosas e um quadro legal muito próximo do aplicável ao organismos
públicos. Sendo uma instituição que gasta fundos públicos faz todo o sentido
que esteja sujeita-a um controlo apertado.
Faz sentido defender isto pois quando um organismo público
gasta dinheiro dos contribuintes está sujeito a regras legais muito rigorosos.
Acontece que quando uma ONG gasta dinheiro a forma como o faz está escondida dos
olhos do público. Todos sabemos como os organismos público gastam dinheiro, as
suas despesas e receitas constam de orçamentos e das Contas Gerais do Estado,
os eus site dão informação sobre os seus objetivos e resultados.
Não se compreende que uma ONG como a Mão Amiga que vise quase inteiramente de dinheiros
públicos seja opaca. Isto é, se a CM gasta dinheiro nós sabemos como o faz e
podemos questionar os órgãos da autarquia. Mas se a mesma CM mandar milhões
para uma ONG esta pode gastar sem qualquer escrutínio público. No caso da Mão
Amiga é mais do que óbvio que não passa de uma extensão da maioria que governa
a autarquia e que através da Mão Amiga e da SGU gastou muitos milhões longe da
curiosidade dos vila-realenses.
Acontece que os resultado da Mão Amiga, em comparação com
uma Santa Casa que parece ter sido ignorada pela autarquia são escassos. Mas
pior do que isso, nos últimos tempos tem-se falado do atraso do pagamento de subsídios,
algo inaceitável se recebeu o dinheiro do Estado. O que se passa com a gestão e
com as contas da Mão Amiga para que conste que se atrasou mais uma vez nos
pagamentos?
È tempo de alguém mandar fazer uma auditoria independente e
rigorosa à Mão Amiga.