A placa da inauguração do Grand House, faz referência aos
três espaços, em todos os documentos o edifício da Alfândega faz parte do
pacote, quando a Visão plantou a reportagem sobre o hotel a sua responsável mostrou o edifício à jornalista,
exibindo a chave antiga sem esconder o orgulho. Primeiro seriam suites de luxo, mais tarde
seria um bar com salão de fumo para charutos.
Se calhar foi a pensar no salão de fumo que o mano da
presidente desatou a fumar charutos, deitando mais fumo pela boca do que a
velha chaminé da Ramirez, hoje ocupada por um ninho de cegonhas. Mas parece que
o mano não vai poder estrear o salão de fumo, de repente fizeram de conta que
nem sabem onde fica a casa da Alfândega, perceberam onde estavam metidos.
Agora o concelho enfrenta outro mistério, de quem é e para
que serve a Casa da Alfândega que custou algumas centenas de euros em fundos
europeus? A crer na informação contabilística do Grand House o edifício não faz
parte do projeto, ainda que conste no contrato assinado com a autarquia.
Parece que todos fazem de conta que nada têm que ver com um dos três edifícios
que integraram o projeto turístico atribuído a uma empresa de um tal Luís Sequeira,
criada na hora com um capital social que mal dá para uma trotinete.
Compreende-se o mistério, devem ter percebido que os
indícios de crime eram mais do que óbvios e decidiram fazer de conta que o
edifício não faz parte do hotel. Há indícios de que foram ali cometidas
irregularidades muito graves, senão mesmo indícios de ter sido cometido um
crime económico. Mas se tal sucedeu nada há a fazer e de pouco vale este assobiar
para o ar.
De qualquer das formas aqui fica a pergunta à presidente da
autarquia, vai convidar o mano para a inauguração do salão de fumo do Grand
House, sito no edifício da Alfândega? Estamos todos ansiosos por ir fumar um cubano
na companhia do ilustre deputado municipal, até pode ser que nos brinde com um
dos seus poemas ou mesmo com uma latinha de atum.