Fica bem a qualquer político ambicioso demonstrar
preocupações sociais e com a pobreza que infelizmente existe no nosso concelho,
os políticos são verdadeiros especialistas em pobreza, desemprego e questões
sociais. Até o ex-padre da SGU é agora um especialista em questões sociais. Até
o ex-padre da SGU é um especialista em questões sociais, pelo menos é com essas
funções que transitará para autarquia, onde vai poder viver à custa dos
vila-realenses.
A verdade é que os mais pobres são os mais vulneráveis e não
falta quem a troco de um pequeno alívio nos sacrifícios ceda à “venda” do seu
voto. É um comportamento miserável por parte de muitos políticos, mas depois de
muitos anos já o aceitamos como normal. No caso de VRSA a situação atingiu
extremos, e desde uma conhecida ONG a muitos negócios camarários, montou-se um
imenso esquema de aproveitamento político da pobreza.
Rendas sociais, arrendamentos intermediados pela autarquia, tratamentos
médicos, envelopes, perdões de faturas da água, cabazes de natal, enfim, uma
verdadeira panóplia de esquemas financiados durante mais de uma década,
enquanto os credores foram dando dinheiro para financiar esta máquina política oportunista.
Ao fim de mais de uma década temos uma autarca de se gabar de ter tido sempre
as pastas sociais, mas ignora que nunca houve tanta pobreza em VRSA.
Agora tudo se desmorona, os apoios sociais acabaram, aumentam
as rendas sociais, a ONG do concubinato partidário da terra está falida,
multiplicam-se as dívidas a instituições. Não há dinheiro e a crer num jornal
diário no passado mês de setembro a autarquia gastou mais do que tinha, isto é,
já nem mesmo cortando em tudo a CM tem dinheiro.
O sonho da terra maravilhosa onde o dinheiro jorrava das
torneiras está a tornar-se um pesadelo. Esperemos que um dia destes os
políticos da terra discutam o problema da pobreza com seriedade.