MENTIRAS ECONÓMICAS




Numa das suas primeiras entrevistas a presidente da CM explicou que 2018 seria um ano de ajustamento e, tal como sucedeu com o país, depois desse ajustamento 2019 seria um ano de retoma. É óbvio que estávamos perante uma mentira económica já que no Município não se fez qualquer ajustamento, simplesmente depois de pagar ao Tiinho, aos construtores falidos, ao ex-eclesiástico e aos muitos assessores já não há dinheiro para acabar a cobertura do mercado municipal n sede do concelho, quanto mais o de Monte Gordo ou nas escolas do ensino básico.

É óbvio que 2019 foi uma desgraça bem pior do que a de 2018, já que foram feitos mais apertos e 2020 não promete nada de bom. Mas foi uma mentira bonita dita por quem percebe tanto de política económica como de Lagares de azeite. Mas os nosso políticos têm pouca consideração intelectual pelos seus concidadãos e andam sempre com a mentira na ponta da língua. 

Dizer que 2019 seria um ano de retoma é tão falso como associar as políticas de uma autarquia a estratégias locais de emprego.  E a mentira é maior ainda quando o Município não tem dinheiro para cantar um cego, chegando ao ponto de desprezar a saúde de quem é obrigado a trabalhar ou estudar debaixo de coberturas de amianto. Quem não tem um tostão para substituir um mosaico na Rua Teófilo Braga vai ter dinheiro para promover o emprego.


Qualquer economista sabe que há fatores poderosos na criação de emprego, quer na perspetiva do volume, quer da qualidade. Para haver emprego é preciso investimento e a qualidade do emprego gerado depende do perfil tecnológico desse emprego., E sejamos honestos, a atração do investimento depende muito mais de fatores económicos poderosos do que do belo sorriso de um autarca.

Os investidores procuram locas que apresentam importantes vantagens comparativas como, a localização perto de boas infraestruturas de transportes, a proximidade de portos e aeroportos, as zonas de concentração de recursos humanos qualificados, a proximidade de importantes recursos naturais, a proximidade em relação a grandes centros de inteligência de universidades. Além destes fatores há as políticas económicas de dimensão regional, que podem ser orientadas para determinadas regiões, são medidas de politica orçamental, fiscal, educativa, ou económica.

Que se saiba o nosso concelho ou região não tem sido nem foi contemplado no OE para 2020 com nada, pelo que não se espera qualquer mudança Neste quadro mais valia perguntar o que ao longo dos últimos anos fizeram os governos e os serviços regionais do emprego pela nossa região. Esses sim que terão uma palavra a dizer e deviam dar explicações para a desgraça económica a que estão conduzindo a região.


É por isso que sugere-se a todos os players da vida política local da nossa terra que sejam honestos, que se deixem de mentiras e encenações e que passem a prometer rigor, honestidade,competência e transparência, porque com mentiras e bazófias vão arruinar ainda mais a nossa terra.