Todos sabemos para o que foi constituída a SGU, como contratou apoiantes do Luís e da São Cabrita. Todos sabemos como os gastos da SGU pesaram e vão
continuar a pesar nas contas do Município.
A decisão de votar contra o concurso para a integração dos
trabalhadores da SGU no Município faz algum sentido no pressuposto de que se trata de uma manifestação de protesto, sabendo-se que a maioria do PSD votaria pela integração. Mas quando lemos o comunicado damos com um parágrafo preocupante:
“Sem sabermos se o futuro está garantido para os atuais
trabalhadores da Câmara!, Será que todos os trabalhadores têm verdadeiramente o
seu futuro assegurado? E os nossos munícipes? Será que têm condições para pagar
mais uma irresponsabilidade da gestão do PSD?”
Em política este parágrafo é inaceitável.
Lança-se o pânico entre os trabalhadores do Município e sugere-se que o
vencimento destes pode estar em causa integração dos trabalhadores da SGU. E defende-se indiretamente despedimento dos trabalhadores da
SGU, pois seria isso que sucederia se não forem integrados na autarquia,
argumentando perguntando “Será que todos os trabalhadores têm verdadeiramente o
seu futuro assegurado?”. É mau demais para ser verdade.
Os trabalhadores da SGU já são um custo para a autarquia e uma parte significativa exerce funções que caberiam ao Município, como consta dos relatórios do FAM. Isto é, o que está em causa não é a totalidade dos trabalhadores, mas, eventualmente, uma parte. A maioria dos trabalhadores da SGU vai acabar por auferir ordenados inferiores aos que auferiam na SGU, o que significa que vão pesar menos nas contas da autarquia do que pesaram até final de 2019.
Os trabalhadores da SGU já são um custo para a autarquia e uma parte significativa exerce funções que caberiam ao Município, como consta dos relatórios do FAM. Isto é, o que está em causa não é a totalidade dos trabalhadores, mas, eventualmente, uma parte. A maioria dos trabalhadores da SGU vai acabar por auferir ordenados inferiores aos que auferiam na SGU, o que significa que vão pesar menos nas contas da autarquia do que pesaram até final de 2019.
Uma abstenção seria mais do que razoável face aos argumentos
da falta de dados, até seria admissível um voto contra porque é sabido que há gente
que foi abusivamente contratada na SGU e é outro abuso integrá-los
definitivamente no Município. Mas tratar todos por igual e atirar os
trabalhadores da autarquia contra os da SGU. A caça ao voto justifica tanto
ódio, intolerância, difamação, vigilância de adversários e outras coisa a que temos
vindo a assistir?
Sem este parágrafo a decisão seria discutível ainda que aceitável, mas com este parágrafo fica evidente que se atiram trabalhadores contra trabalhadores, talvez por causa dos votos.
Sem este parágrafo a decisão seria discutível ainda que aceitável, mas com este parágrafo fica evidente que se atiram trabalhadores contra trabalhadores, talvez por causa dos votos.