CHUVAS DE EMPREGOS




Que bela forma de acordar no dia seguinte às comemorações do 25 de abril com uma iniciativa a pensar nos desempregados, foi isso que sucedeu no ano passado, no dia 26 de abril a autarca mais brilhante do Baixo Guadiana lança mais uma grande iniciativa, o “VRSA Emprego”. Os nossos políticos medem-se pela generosidade em relação aos mais pobres e indefesos, político que se preze oferece empregos e a nossa autarca sabe disso melhor do que ninguém, afinal as preocupações sociais são a sua primeira prioridade desde o primeiro dia em que em má hora deixou a escola.

O cartaz anunciava algo que soava a grandioso, uma “plataforma integrada Oferta e procura de emprego em VRSA”. Isto é, em VRSA a gestão do sistema de informação da criação de emprego passava a funcionar na CM. E para que ninguém duvidasse de quem merecia a gratidão eleitoral, o cartaz oficial da CM lá tinha inscrito o “#orgulho da nossa terra”, sinal de que a autarquia funciona como sede de campanha eleitoral permanente.

Com cada vez mais pobreza e uma economia local assente em baixos rendimentos e precariedade o desemprego, tal como a pobreza em geral, funciona como uma coutada eleitoral e quem tem licença para lá caçar não perde tempo A inicativa é lançada, e os jornais do costume lá anunciavam a boa nova:

“O Gabinete de Apoio ao Emprego está articulado com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e com os principais empregadores locais e funcionará todos os dias da semana, na Câmara Municipal, tendo também extensões nas juntas de freguesia de Monte Gordo e Vila Nova de Cacela.

O projeto é apoiado por uma plataforma digital, já disponível em www.vrsaemprego.pt, onde estarão publicadas todas as ofertas existentes no município, bem como as condições exigíveis.

À página online, irá juntar-se uma equipa de técnicos municipais que irão prestar acompanhamento presencial num balcão dedicado e ajudar todos aqueles que procuram emprego ou necessitam de encaminhamento.” [Sul Informação]

Uma verdadeira azáfama, todos unidos em torno da causa e cheios de #orgulhomanossaterra, vários técnicos a correr de um lado para o outro, os telefones a tocar, umas vezes empregadores, outras os organismos que estavam articulados e o webmaster do site sem mãos a medir com tantas ofertas a inserir na WEB.

A iniciativa deve ter tanta procura que até o site deixou de estar online, provavelmente a procura foi tanta que não há servidor que aguente. Porque é que a nossa orgulhosa São não convoca os jornais do costume e acompanhada da sua vasta equipa dedicada ao emprego e dos responsáveis dos organismos envolvidos faz o balanço da iniciativa, um ano e meio depois do lançamento?